domingo, 31 de dezembro de 2006

"Adeus, Ano Velho! Feliz Ano Novo!!"


Amanhece o último dia do ano.
As horas passam... Um pouco mais e cai a tarde.
Quando a noite chegar, trará consigo os primeiros minutos de um novo dia. Vai começar o novo ano.

Há algum tempo aprendi que há dois desejos indispensáveis. Duas grandes bênçãos, nesta vida. E se eu pudesse oferecer a você apenas duas coisas, sem levar em conta a dificuldade, ou o custo, mesmo que fossem as mais caras do mundo... se me fosse dada a chance de lhe ofertar dois presentes, eu lhe daria SAÚDE e SABEDORIA.

Não estou falando dessa saúde de corpo sarado, saúde de só não estar doente; estou falando de SAÚDE - aquele estado de perfeito equilíbrio físico, mental e espiritual; aquele mais alto vigor; aquele total bem-estar. Saúde para não ter doença; pra se dar bem com os amigos; saúde pra brincar com as crianças; cuidar dos enfermos; para dormir e acordar bem; pra encarar os dias com disposição; saúde pra comemorar a vida.

Saúde e sabedoria...

Não estou falando de inteligência. Nem de capacidade intelectual. Falo de SABEDORIA para ser prudente, justo, para ser reto, íntegro, honesto. Sabedoria para compreender o que parece mistério; para aceitar o que depende da fé; para renunciar o que atrai mas não é correto. Eu falo da sabedoria de entender que às vezes é preciso mudar, e que outras vezes é preciso manter-se firme; que é de hábitos que se constrói um caráter; que nem tudo o que é legal é moral; que os sentimentos importam, sim; que os pais são tesouros; que a família é uma bênção; que se deve fazer amigos para sempre; que perdê-los para a morte faz parte da vida. Sabedoria para não esquecer que não se tomam decisões movido pelo impulso; que na relação com o dinheiro ele não pode dominar você. Sabedoria para saber o que é essencial em cada ato, em cada coisa, em cada lugar, em cada vida. Sabedoria para não desperdiçar o útil e para não brigar pelas sobras; para reconhecer a diferença entre o necessário e o supérfluo, entre o prazer e a volúpia, entre o intervalo e o final; porque cada um tem sua hora, cada coisa o seu lugar, e nem sempre podemos ter tudo. Sabedoria para conhecer; pela experiência, pelo discernimento, pelos sentidos. Sabedoria para saber onde colocar seus pés e onde repousar suas asas; para descobrir por onde voar e onde fazer seu ninho. Sabedoria para saber de tudo um pouco e não para saber tudo de uma coisa qualquer. Sabedoria para saber quando falar e quando calar; para saber ouvir e entender; para sorrir e chorar; e pra perceber quando um abraço é a única coisa que faz sentido. Sabedoria para nunca negar um carinho e pra não renegar um amor; e, enfim, para estabelecer a diferença, às vezes a sutil diferença, entre o permanente e o passageiro.

Se eu pudesse, eu lhe daria SAÚDE e SABEDORIA.
E se não tenho autoridade para tanto, peço ao Soberano que lhe conceda, em 2007, essas, as maiores bênçãos do mundo. Porque tudo o mais é conseqüência.

A você, que movimentou a casa da Suzi este ano inteiro, meu carinho e os bons desejos de saúde e sabedoria para todo o 2007, para toda a sua vida. Você que veio de perto, ou de longe, amigos queridos que fiz em Portugal, por meio deste blog, àqueles que encontrei neste Rio de Janeiro, para um abraço de corpo e alma, a todos vocês, que fizeram parte da minha vida em 2006, um beijo carinhoso e um abraço gostoso, expressão da alegria de ter vocês por aqui, passeando pelo meu coração.


FELIZ 2007!!!!!
A gente se vê por lá!

Para receber o novo ano


Chega uma hora em que é inevitável a contagem regressiva, não é mesmo, Miguelito? E então é melhor começar os preparativos. Porque ele já está chegando...

sábado, 30 de dezembro de 2006

Feliz último sábado do ano 2006!!


E porque hoje é o último sábado deste ano, e porque 2007 está às portas, batendo pra entrar, porque "nada do que foi será de novo do jeito que já foi um dia"...
... O céu amanhece azul e o sol voltou amarelo e redondinho.
Porque ninguém tem uma segunda chance de amanhecer bem, num mesmo dia, eu lhe desejo uma bela manhã e um dia de cor e alegrias. Amanheça bem! E viva um dia muito bem vivido, hoje. Ele não vai se repetir. Nunca mais.

O que você faria se não tivesse uma segunda chance de fazer feliz o dia de alguém? Então faça. Hoje. Enquanto há tempo.

sexta-feira, 29 de dezembro de 2006

Academia Brasileira de Letras


Ganhou uma iluminação artística, esta semana, a tradicional fachada da Academia Brasileira de Letras.


Um símbolo da "belle époque", o prédio da Academia fica ali, pertinho do Consulado dos Estados Unidos da América, e me causa uma certa indignação. E eu explico o porquê...


Com sua arquitetura estilosa, sigo meu caminho inconformada, cada vez que passo por perto, só de lembrar que existe um tal imortal chamado "Paulo Coelho" a dividir as honras com verdadeiros nomes das letras - Guimarães Rosa, Austregésilo de Athayde, Antônio Callado, Ruy Barbosa, Rachel de Queiroz, Jorge Amado, Zélia Gattai, Manuel Bandeira, só para citar alguns - e, salvo melhor juízo, na linha de sucessão de José do Patrocínio!! Eu me revolto. Quem foi a escritora que disse que sairia pela porta dos fundos, se Paulo Coelho entrasse na ABL?? Não teve uma história dessa? Hoje, você percebe, minha memória está muito estranha. A bateria precisa de recarga. Uma boa noite de sono tranqüilo! Assim, de repente, como diria a Marta R., é hora de dormir...

"update" especialmente dedicado à Mônica:
à propósito das três eleições perdidas por Mario Quintana para membro da Academia Brasileira de Letras, acabo de descobrir que "eles passarão... eu passarinho" foram versos que o escritor fez justo por conta dessa terceira derrota. Além de tudo, tinha bom humor.

"Todos esses que aí estão/ atravancando meu caminho,/ eles passarão.../ eu passarinho!"

A foto da nova iluminação da ABL é uma foto de divulgação.
As outras eu tirei num dia desses, de sol e calor, quando andava por ali.

Onde estão vocês??

Depois do Natal a ída aos shoppings não é tanta curtição. Vai-se para trocar as peças com defeito, de tamanho errado, essas coisas. Alguns vão para comprar a roupa da noite do dia 31. As vitrines estão tomadas de branco. Parece neve. Um clima tão europeu...

Pois lá estava eu, hoje. Pro troca-troca.
Deu tudo certo, ninguém reclamou de nada nem criou qualquer dificuldade. Mas o que me intriga bastante, atualmente, é que quando ando por aí, agora, só esbarro nos famosos nada a ver... Caramba! De que me vale dar de cara com Serginho Mallandro? Hein? Hein??? O que me aproveita esbarrar com Renato Aragão Didi Mocó?? De que me serve estar na mesma loja que o Alexandre-esqueci-o-sobrenome Marcos Frota (aquele, da novela das gêmeas: "Eu quero a minha 'Utinha..." - o Tonho da Lua)??? De que vale isso?? Responda!

Marcos Palmeira, Du Moscovis, Reynaldo Gianecchini, Maurício Mattar, alôou!!!, on-de-es-tão-vo-cês??

Esse é o meu Rio de Janeiro

Pra fechar a noite de um dia triste, Zico, o nosso Rei (que me desculpe o Pelé, mas quem não cantou "Hei, hei, hei, o Zico é o nosso Rei!!"??), promoveu O JOGO DAS ESTRELAS, ontem, lá no estádio do CFZ, no Recreio. Evento beneficente realizado há três anos consecutivos, a renda, convertida em alimentos, SEIS TONELADAS, será totalmente doada por Zico a dez instituições de caridade.

Deco, Carlos Alberto e Robinho ficaram sem teto em Maresias, para decolar de helicóptero, e não conseguiram chegar...
Mas estavam lá: Roger, o holandês Seedorf - do Milan, Leonardo Moura, Júnior Baiano, Gonçalves, Leonardo, Júnior, Emerson, Thiago Coimbra - o filho do Galinho, Bebeto, Amoroso, Acácio, Fabiano Eller, Mauro Galvão, Júlio César, Adílio, Aílton, Djalminha, Marcelinho Carioca, Roberto Dinamite, Andrade; Vágner Love, Cláudio Adão e Alex Dias.

Zico jogou os 90 minutos, e sua equipe, a de vermelho, venceu por 8 x 5.
O técnico da equipe de uniforme branco era quem? quem?? quem??? Renato Gaúcho, ora pois! (desculpe-me, Beto-Vascaíno...)

Por conta dos incidentes da madrugada, Ronaldo (o chamado "Fenômeno") medrou e não apareceu.
Como se disse, foi quando a arte venceu o medo.

E mais! Sabe o que declarou o holandês?
“Quando era pequeno via Zico jogar, e é um sonho jogar com ele. Fico contente de participar de uma festa que irá ajudar as pessoas, e quando chegar em casa vou ligar para meus pais e dizer que joguei com Zico e Júnior” - tudo isso num português fluente, e com olhos brilhando.

Dá-lhe, Zico!!!


(eu vejo o Júnior e me lembro, imediatamente, de "Voa, canarinho, voa / mostra pra esse povo que és o rei / voa, canarinho, voa / mostra na Espanha o que eu já sei...", o "hit" da Seleção Canarinho, de 82. Quem não lembra?? Ê, tempo bom, do futebol da seleção brasileira...)

fonte: www.ziconarede.com.br

quinta-feira, 28 de dezembro de 2006

Eu e as artes

Essa coisa de artes plásticas, trabalhos manuais, artesanato... nunca foi a minha praia.
Quando tentavam me ensinar a fazer tricô ou crochê, sempre diziam que isso distrai, que faz passar o tempo, que seria "bom para quando ficar velhinha". Imagine! Eu nunca dei bola. Afinal, tenho tanto com que me distrair, nunca pretendi fazer o tempo simplesmente passar, e duvido que haveria de ser bom para minha velhice uma coisa que te prende horas, dias, e, se bobear, meses, sentada, ao lado de um rolo de linha ou de lã.

Hoje eu descobri o que pode me prender sentada três horas (três horas é o máximo que me permito). Porque logo depois das duas/três horas o trabalho está pronto. Nada para o dia seguinte. Tudo pronto antes mesmo de se cansar ou enjoar.

Eu deveria ter usado a velha tática do "antes" e "depois", para valorizar ainda mais a minha obra de arte. Era uma peça de madeira crua. A idéia? Um "porta-controle remoto" decorado, para ficar na estante da sala. Fui para a casa da minha prima (expert em artes plásticas), aprender a fazer. Saí de lá com minha obra-prima em mão. Linda! Liiiinnnnnda!!! Bem... eu achei, né?




p.s.
Eu nem amo New York... Mas não havia Toronto.

... e NY até que é um tanto simpática.

Depois da madrugada...

"Que a estrada se abra a sua frente,
Que o vento sopre levemente as suas costas
Que o sol brilhe morno e suave em sua face,
Que a chuva caia de mansinho em seus campos…
E, até que nos encontremos de novo,
Que Deus lhe guarde na palma de Suas mãos."

(Prece irlandesa)

Hora de dormir

Tarde gostosa, na companhia de gente a quem quero bem. Risos, sorrisos, abraços, presentes, histórias, lembranças de coisas tristes, recordações de alegrias; tudo regado a bolinhos de bacalhau e croquete do Alemão - saudade do tempo que a gente pegava a serra e tinha, necessariamente, de parar na subida só pra comer o croquete da "Casa do Alemão".

Agora, meia-noite e tal, um vento corre na varanda. Portas e janelas abertas para que ele venha e entre. É bem-vindo. Muito bem-vindo. E é assim que me convida a dormir um sono bom. Eu aceito... E vou-me.
Boa noite...

quarta-feira, 27 de dezembro de 2006

Coisas de meninas

Agora vou dar abraços e beijinhos, e ganhá-los também!
As meninas vão passear - a loirinha, a mumumu e esta bonequinha, aqui.
O ponto de encontro é numa livraria. Poderia ser melhor??


Enquanto isso, e a propósito, fiquem com Clarice:
"...Até que o homem passou perto. Sem um sorriso, costas duras, altivamente se expondo - não, nunca foi fácil passar diante da fila humana. Fingia prescindir de admiração ou piedade; mas cada um de nós reconhece o martírio de quem está protegendo um sonho."

Pois é... cada um de nós reconhece o martírio de quem está protegendo um sonho...
Até mais, gentes boas!

terça-feira, 26 de dezembro de 2006

Inclusão social

O mundo é muito duro quando não é concebido para você ...

O norte

Toda mulher quer ser o Norte de alguém.
Uma vez eu me senti assim. Ouvi isso. É. Assim mesmo: "Você é o meu Norte." Ganhei a vida por uns cinco anos, sabe?, depois de ouvir essas doces palavras, envoltas num sentimento que, à época, me fez acreditar que era verdadeiramente sincero. E talvez fosse, mesmo.

Mas "toda verdade é provisória", dizia Emília Ferreiro.

segunda-feira, 25 de dezembro de 2006

Cenas desta tarde


O almoço de Natal foi aqui em casa. O lanche da tarde também. Com o horário de verão a gente termina lanchando quando é quase hora do jantar. A brincadeira de amigo oculto foi divertida e o meu presente foi uma surpresa. Como eu havia dado diversas opções, não tinha idéia do que iria ganhar. Mas meu amigo foi direto na minha preferência, mesmo sem saber. E ganhei o que eu queria muito. E do meu pai! Eu tirei minha tia queridinha e dei uma saia e uma blusa de garotona, pra ela. Azul, sua cor preferida, e branco.
Foi uma diversão, também, V. brincando de procurar as letrinhas do seu nome escondidas nos galhos da árvore de Natal. E você precisava ver L. calçando o tamanquinho de princesa que ganhou de presente.
As crianças sempre terminam ganhando presentes fora do amigo oculto, e foi assim que levaram carrinhos, bonecas, quebra-cabeças de letrinhas, óculos de sol, bola, presilhinhas pro cabelo, jogos de montar... Cada embalagem, uma festa; muitos sorrisos e carinhas de alegria.
Foi um dia feliz. Família (re)unida é mesmo uma grande bênção.

Natal em família

Minha cunhada ensaiou as atores, texto e música, preparou o figurino e dirigiu o espetáculo.
As crianças foram fantásticas! Aplausos da platéia, no final, agradecimento conjunto dos artistas, e uma oração de mãos dadas, para que todos - crianças órfãs, pobrezinhas, ricas, saudáveis, doentes, adultos sofridos, tristes, amados - todos tivessem um FELIZ NATAL.

domingo, 24 de dezembro de 2006

FELIZ NATAL!!!

É quase noite de Natal.
Ao lhe desejar um "Feliz Natal", não quero que as palavras sigam com o peso do vazio, nem que sejam a mera repetição daquilo que se costuma dizer; não quero chavões. Quero que cheguem até você com a leveza do seu significado, que você perceba a profundidade desse meu bom desejo.
Ter um "Feliz Natal"... O que é isso? É dar e ganhar presentes? Fartar-se de comida e risos? Dormir apenas quando já amanheceu? Até pode ser... Mas se for só isso... acredite! não será feliz. Não mesmo. Pense nisso, esta noite.

Experimente ter um "Feliz Natal".
Experimente fazer feliz o Natal de alguém.
Experimente celebrar o nascimento do Deus-Menino.
Experimente Jesus.


Aonde estão?
(Jáder Santos)
Quem chora é Jesus, Menino tão comum / E o mundo nem notou que um Rei nasceu / Chegou tão frágil, chegou tão simples / Chegou sem honra, sem menção / Aonde estão os governantes? Por que não há celebração? / Lá em Belém nasceu o Cristo, e vem com Ele a salvação / Aonde estão os que esperavam? Por que não vêm trazer louvor? / Já renasceu a esperança, pois já nasceu o Salvador

Naquela noite azul tão cheia de amor / Alguns pastores vêm trazer louvor / E Magos do Oriente com presente / Vêm homenagear o que nasceu / Não foi preciso pompa ou honra, não foi preciso comoção / Os próprios anjos celebraram, cantando hosanas a Jesus / O Céu chorou de alegria, o Universo emudeceu / O Rei dos reis se fez menino, lá em Belém Jesus nasceu


FELIZ NATAL!!!

sábado, 23 de dezembro de 2006

Feliz Sábado!!

E porque hoje é sábado e o Natal está chegando, é hora de pensar num gesto de amor e praticá-lo como se fôssemos o aniversariante de segunda-feira... Um "bilhete de amor" assinado por Jesus.
Eu e você podemos fazer a diferença, com pequenos gestos de amor, em nome do dono da festa.


Faça feliz o sábado de alguém.

sexta-feira, 22 de dezembro de 2006

Sexta-feira, quase Natal

Fui à rua, por volta das dez da manhã. Talvez pela proximidade do Natal as pessoas fiquem ainda mais falantes, tornam-se "amigas" com espantosa maior facilidade, e aquelas que têm suas dores e angústias, usam uma espécie de radar para localizar um ombro amigo, um ouvido que as possa escutar ali mesmo, em qualquer lugar.

Fui à rua para comprar os ingredientes do coquetel de frutas que vou fazer pro almoço do dia 25, e para comprar coisinhas pros cabelos. Pois foi nessa loja que fiz minha primeira parada. Era um salão de beleza. Há uns três meses fechou. Todos os produtos que eram vendidos para os clientes estão agora em liquidação. Tipo "queima total", não é assim que se diz? Pois bem. Produtos importados e nacionais com descontos variando entre 30% e 70%. Não apenas produtos para cabelo. Havia também batons, cremes para a pele, protetores, Payot, Lancôme, Banana Boat, Nivea, John Frieda... muita coisa, de muitas marcas.

Pois o que era uma parada rápida transformou-se numa sessão de terapia. A pobre menina que está há três meses sem salário e continua trabalhando, agora nas vendas, sozinha na loja, recebendo a visita dos patrões apenas para entregar o dinheiro do dia, estava lá, olhar triste, meio rouca, resquício de uma gripe ainda nem curada, e viu na minha "carinha de 22 anos" (sim! ela disse 22!) um rosto de alguém disposto a ouvir. Foi assim que começou a contar sua triste vida...

Casada há três anos, uma filha, um marido lento, que leva a criança na creche e reclama tanto que nem vai buscá-la, com quem não mantém nenhum tipo de intimidade, e que lhe pergunta, ao menor esboço de insatisfação: "como é que você vai se virar, se se separar de mim, com essa miséria que você ganha?" Cai em si, e sem admitir para ele, concorda que não tem condições. Tem 29 anos. É alta, bonita. Um sorriso largo (que deixava escapar quando eu lhe fazia um elogio e dizia que as coisas não precisam ser assim para sempre), cabelos na altura dos ombros, levemente ondulados, dentes quase perfeitos, uma pele bonita, e uma tatuagem com o nome desse marido, nas costas. Diz que é do tempo em que era apaixonada por ele. Do tempo em que Deus lhe mostrou "que ele não era o homem certo", mas ela não quis ouvir.
Quase resignada, ela diz que a culpa é só dela. Mas acha que ainda tem o direito de ser feliz, e quer isso! Não quer mais ficar casada com ele. Quer outros céus, outros sóis, eu acho. E acho também que está certa.

Lamentou-se, ainda, das condições de trabalho. Sugeri que ajuizasse uma ação trabalhista para buscar o reconhecimento judicial de seus direitos - nem mesmo sua Carteira de Trabalho foi anotada - mas é incrível como as pessoas ainda temem a Justiça mesmo quando seus direitos são inquestionáveis. Disse que "a dona do salão trabalha com o César Maia*" e acha que não deveria processá-la. É difícil você convencer que a Justiça não quer saber disso. É difícil, porque às vezes a Justiça decepciona até a mim, que acredito tanto e trabalho tanto...

A certa altura ela já se sentia tão à vontade, que me mostrou a sandália arrebentada no caminho para o trabalho. Não podia, sequer, ir ao Shopping, distante apenas uns 50 metros, porque não tem hora de almoço e não pode fechar a loja antes das sete... Precisava de alguém que fosse até lá e comprasse uma sandalinha, de até trinta reais. Havia pedido ao segurança da loja ao lado; ele até viu, mas não sabia comprar essas coisas... Já passava de meio-dia e eu ainda precisava ir ao mercado e fazer tantas outras coisas... Mas não consegui dizer que não ía...

Ela queria qualquer sandália. Com brilhinhos seria linda. Eu não prometi. Disse que iria ao mercado, e se desse tempo, passaria no shopping, pra ver. Passei direto, nem entrei no mercado. Procurei a mais delicada, com brilhinhos. Comprei ainda uma latinha de refrigerante e um sanduíche bem gostosinho. Quando cheguei, ela me sorriu, como que sem acreditar. Fez questão de pagar a sandália. Eu queria dar de presente, mas ela insistiu e eu achei que seria melhor e mais agradável para ela assim. Decidi comprar uma bolsa, quem sabe, ou outra sandalinha, e levar para a moça, mais tarde.

E fiquei pensando... Será que é esse o espírito do Natal? Levar um pouco de esperança a um coração desolado, enxergar a beleza de uma alma abatida, ouvir quem não tem com quem falar, falar a quem tanto precisa ouvir, dar um pouco de pão e água a quem tem fome e sede, fazer brotar um sorriso de um rosto amarelado de tristeza, valorizar e devolver a auto-estima de alguém que caminha curvado, olhando pro chão?

Na sua simplicidade, ela ainda conseguiu me presentear. Pediu que eu escolhesse três batons, e me deu de presente. Meus olhos sorriram com os dela.
Eu não vou esquecer disso. Da prova inconteste de que "ninguém é tão grande que não possa aprender nem tão pequeno que não possa ensinar"; ninguém tem tão pouco que não possa doar nem tem tanto que não precise de um pouco.

Eu, que achava que tinha ajudado alguém, neste Natal... Ganhei a felicidade de ver um sorriso naquele rosto, e ela ganhou a alegria de ver a minha emoção, pelos delicados presentes que me dera.

Ela me abraçou como se fôssemos amigas há tanto tempo. E eu "profetizei" que seu Ano Novo será abençoado; uma vida nova, de alegrias, saúde e paz. Agora preciso conversar com Deus sobre isso, para que realmente tudo aconteça.



*César Maia é o Prefeito do Rio de Janeiro

(Os saquinhos espalhados pelos galhos da árvore são vagões de um trenzinho, com as letras do nome de V. Vamos brincar de encontrar as letras e montar o brinquedo, na tarde do dia 25.)

Promessa

Hoje à noite coloco minhas "blogvisitas" em dia.
Eu prometo.



Estou de saída. Presentes de amigo oculto da família.
"Delícia", essa correria ao som de Simone, pelo centésimo vigésimo terceiro ano consecutivo: "Então é Natal, e o que você fez? Um ano termina e nasce outra vez..."

À noite


G. me mandou este e-mail, ontem à noite.

Veja só que interessante...
Em quase todos os idiomas, a palavra NOITE é formada pela letra N + o número 8.

Português: noite
n + oito

Inglês: night
n + eight

Alemão: nacht
n + acht

Espanhol: noche
n + ocho

Francês: nuit
n + huit

Italiano: notte
n + otto


A conclusão à que se chega é a de que a letra N, símbolo matemático de infinito (??? infinito??? eu aprendi diferente...), e o 8 deitado, também com o mesmo simbolismo, traduz que a noite, em todas as línguas, significa a união do infinito!


Bem, eu daria outro desfecho à curiosidade:

o "N", símbolo do todos os números naturais (foi assim que eu aprendi matemática!), unido ao "oito deitado", que simboliza o infinito, traduz que a noite é o resultado da soma de todos nós, seres naturais, exceto aqueles que são "um zero à esquerda" (porque se escrevermos "N*" já teremos o símbolo de todos os números naturais sem o zero, não é isso?), ao infinito. É de noite que sonhamos e alcançamos estrelas, vamos a lugares inimagináveis, tudo é possível. É nos sonhos da noite que a felicidade não tem fim... Acho que é por isso que dizem que à noite acontecem todas as coisas...



Viajei??
Pode até ser... Mas esta noite eu tive um sonho assim. E Gio também teve, outra noite. E você deve ter tido esta semana, ou terá... Dos sonhos que sonhamos dormindo, ninguém escapa.

quinta-feira, 21 de dezembro de 2006

ERRO DE PORTUGUÊS - por Oswald de Andrade

Quando o português chegou
debaixo duma bruta chuva
vestiu o índio
Que pena!
Fosse uma manhã de sol
o índio tinha despido
o português

De olho no Rio

15.12.2006 - sexta-feira
Ponte Rio-Niterói, ao fundo.
Céu azul. Parcialmente.



19.12.2006 - terça-feira
Ponte Rio-Niterói, ao fundo.
Céu azul. Inteiramente.



Estou ficando boa nessa coisa de dirigir com u'a mão e fotografar com a outra, com o carro em movimento!
Muito bacana! Até que chegue a multa, aqui em casa.

"Inaugurada em 1974, a Ponte Presidente Costa e Silva, mais conhecida como
Ponte Rio-Niterói, é uma das maiores pontes do mundo com seus 13 quilômetros de extensão e até 70 metros de altura no trecho do Vão Central."

quarta-feira, 20 de dezembro de 2006

De mim para mim


Eu hoje me dei Clarice, de presente de Natal.
E no meio da livraria eu dei de cara com isso:


"Alguém já disse, certa vez, que, para ser feliz, uma mulher necessita de apenas duas coisas: uma boa saúde e uma memória ruim."

Preciso piorar minha memória!

A boa ou a má?

Ontem fui dormir hoje.
Explico: fui dormir à uma da manhã e já era hoje.
Deitada, peguei o livro que anda na cabeceira da cama - O Amor Esquece de Começar, do Fabrício Carpinejar.
E o que li pensei que havia escrito, eu mesma:

"Ao perguntarem se desejo primeiro a boa ou a má notícia, peço a boa. Na segunda, já não estou mais ali."

terça-feira, 19 de dezembro de 2006

Ainda sobre o Amigo Oculto do dia 14
Pra quem nunca viu a Suzi

Recebi alguns e-mails...
Por isso resolvi fazer a enquete.
Dê seu voto nos "comentários".
Quem é a Suzi? A da direita ou a da esquerda, na foto do Amigo Oculto?

Resumo da segunda-feira

O dia amanheceu colorido. Dias de sol, noites quentes, isso me anima. Acordei antes das sete. Cuidei de algumas coisas em casa, bem cedo, e fui pro quintal da minha vida. Ainda estava entrando no carro quando A. me liga e quer saber que dia eu vou à praia. "Estou indo agora", respondo. De lá, do outro lado da cidade, ela me diz: "Eu também quero!" E se organiza, correndo pra cumprir seu roteiro de visitas e fechar as contas que teria de fechar nesta segunda. Depois de tudo, rumo ao destino final: Recreio. Posto 9. Como uma carioca que se preze, na mala do carro, além de todas as amostras de medicamentos, A. também carrega seu "kit praia" - canga, protetor, óculos, biquine...

Cada vez tenho mais certeza de que envelheceremos juntas, e nossos encontros serão sempre de frente pro mar, falando bem e mal de nossos amores e desamores, rindo, sorrindo, e bebendo água de coco.

Antes de A. chegar, dei conta de meus cinco processos. Meu escritório de verão é a praia. Faço as necessárias anotações no papel, e na volta, em casa, passo tudo pro computador. Mais uma vez funcionou perfeitamente.

O mar estava forte. Batia muito. Mas as águas estavam fresquinhas; não estavam geladas. Uma delícia, diante do calor de quase 40° nesta primavera-verão.
A. chegou e ficamos entre a areia e o mar. Curtindo as belezas de um dia na praia. Todas as belezas. Os belos morenos, belos loiros, belos sorrisos, belas barriguinhas, belas pernas...

Também falamos sobre V., o estágio de sua doença, e o tratamento. Combinamos de ir visitá-la na sexta-feira. Os cabelos já caíram, ela emagreceu seis quilos, e acho que tudo o que não quer, nesta hora, é perder os amigos. Foi triste, quando liguei para dizer que no próximo verão não quero desculpas, ela que compre logo um biquine novo, e fui atendida por sua mãe, dizendo que naquele exato momento ela estava numa aguda crise de dor. Desliguei, e ali mesmo, deitada na areia, fiz uma oração por ela, para que Deus aliviasse suas dores e abençoasse a sua vida...

Depois da praia, A. e mais onze vieram jantar aqui. O jantar já havia sido combinado desde sábado, mas não imaginávamos que seria tão divertido! Uma partida de "Imagem e Ação" e boas gargalhadas garantiram o fechamento em alto de estilo de um dia de verão, ainda na primavera!

De manhã cedinho o sol brilhava tanto que refletia sua luz nas águas do mar. O céu nem estava tão azul e havia uma neblina espessa, quase encobrindo as montanhas, ao longe. Mas havia um brilho nas águas!, e eu fiquei ali olhando até que o sol mudasse de posição e fosse brilhar outros mares.
Já reparou que o sol, quando amanhece, dá um tremendo espetáculo, e a maioria das pessoas ainda continua dormindo, sem ver nada?
Não se importe, portanto, se seus esforços são vistos com indiferença. Até com o sol acontece, e ele não deixa de brilhar!

segunda-feira, 18 de dezembro de 2006

O melhor, seja lá o que for

Na terça-feira eu passei e os vi trabalhando.
Imaginei que não podem ter acrofobia e que têm de fazer seu trabalho com perfeição para não ter de refazê-lo antes do tempo.
Na quarta-feira eles ainda estavam lá. É um trabalho demorado, que exige cuidado, prudência e, até, eu diria, coragem.
Então eu queria vê-los de perto... É admirável, o trabalho que fazem, porque se há uma coisa que me incomoda - não importa a distância, basta que eu perceba - são vidros sujos.

Há alguns prédios no centro do Rio que são como espelhos, na fachada. Quem passa pelo viaduto da Perimetral vê um deles; lindo, meio cobre, meio dourado, meio marrom - aí já deu um e meio! - e duvido que não olhe pra ver seu carro refletido nele! Mas é preciso que esteja limpo, brilhando, pra que o efeito seja belo. E pra que esteja sempre limpo e brilhando, aqueles homens precisam estar lá.


E então eu queria vê-los de perto; eles, que ali, amarrados em seu equipamento de proteção, cuidavam da beleza de um prédio de mais de 20 andares, na Av. Franklin Roosevelt.
No primeiro dia eu fotografei de longe. No segundo, do mesmo lugar, exatamente do mesmo lugar onde eu me encontrava no dia anterior, ainda de dentro do carro, parada no sinal, eu usei um pouco do zoom, e aí pude ver "de perto" os corajosos operários. Eles nem de longe imaginam que são percebidos; não sabem que são observados; muito menos que o seu trabalho ajuda a tornar mais bela a cidade que já é naturalmente maravilhosa...


Pra você ver como o seu trabalho, seja ele qual for, é fundamental para o mundo continuar girando!
"Tudo o que te vier às mãos para fazer, faze-o conforme as tuas forças." - Eclesiastes 9:10
Faça o melhor, do que quer que você faça.

domingo, 17 de dezembro de 2006

Hoje é só alegria, no meu futebol



Ballack-meu-bem acaba de marcar o gol de empate do Chelsea contra o Everton, já no comecinho do segundo tempo.
Golaço! Opinião geral. Cobrança de falta, bola colocada no canto, bateu na trave e foi para dentro. Belíssimo gol. E ele, cada vez mais lindo.


update das 13h28min:
Everton marcou mais um e agora Lampard empata - 2 x 2.
É incrível como o Mourinho continua inerte. Ele nem se mexe. Parece que queria mais é estar na praia que no estádio! Eu, hein!

update das 13h34min:
Que gol de placa, do Drogba!!!! Caraca! Matou no peito e meteu na rede, por cobertura. Golaço!

Final: 3 x 2
Agora é torcer pelo tropeço do Manchester United.

Inter - Campeão do Mundo

Rafa Márquez e Alexandre Pato - foto uol

Internacional 1 x 0 Barcelona

Vencer o favorito tem sempre um gostinho especial.
O Barcelona é, atualmente, o melhor time do mundo, não há dúvidas. Tem Ronaldinho Gaúcho, Rafa Márquez, Deco, e outras estrelas, mas não deu pra eles, desta vez.

Eu não sei se eles riram de nós, antes dessa final. Mas disseram que iriam golear o Internacional. Foram calados. Aquelas lágrimas nos olhos do Ronaldinho... Seu semblante desolado... Perdeu duas vezes, hoje. Pelo Barça e pelo Grêmio.

Um momento histórico, um título inédito, pro Inter. Um time que respeitou o do Barcelona, mas que entrou em campo com garra e vontade de vencer. E venceu. Venceu porque foi uma equipe coesa, determinada, unida. Menos técnica, menos brilhante, porém, mais decidida. E com Abel Braga mordido com "o grau absurdo de favoritismo" que davam aos espanhóis antes mesmo do jogo contra o América, durante a semana. E ainda havia o Adriano, no banco.

E Alexandre Pato? Como deve ser isso de ser campeão do mundo com 17 anos de idade?? Ele chorava. Até eu!

Deco, e não Iarley, sabe-se lá por que, recebeu a "bola de ouro". Tudo bem. Era um prêmio para "o melhor jogador da competição". Mas foi com um certo abatimento que ele foi receber o troféu. Era perceptível. E compreensível. Perde um pouco o brilho, quando junto com o troféu não vem a medalha de ouro.

Enfim, é bom que o Inter tenha ganho. Azar do Grêmio!

9 meses


Cada dia faz mais tempo que você não está mais entre nós...

17 de dezembro de 2006. Logo vai chegar o Natal. Inevitavelmente, nas noites de Natal nós nos lembramos dos queridos que já se foram, da falta que faz o sorriso deles, da ausência de sua presença. É quando a noite de Natal escurece de tanta saudade...

Hoje faz nove meses que você partiu para sempre. Nove meses! Mas ainda posso ouvir sua risada e lembrar do seu riso largo. Posso fechar os olhos e ver você e o violão da mamãe, na nossa época de colégio. Você, explicando tudo, bem explicadinho, quando o professor fazia uma pergunta.
Faz nove meses e parece que ainda ontem você estava por aqui, brincando e girando o dedo em volta do ouvido para cantar os versos de Barco sem Vela: "... que loucura, pura trama, traz desgraça ao final...", o que nos fazia morrer de rir, pela "criatividade" na interpretação.
Faz nove meses! Parece que foi ontem...

sábado, 16 de dezembro de 2006

Especial de fim de ano do Roberto Carlos

Quer saber? Estou mesmo vendo o especial do Roberto Carlos na tv.
Sabe por quê? Porque começou com "Emoções" e essa música me lembra muito alguém que eu já esqueci. Ahahahaha!!!

Aí, continuei vendo porque seguiu cantando "Como é grande o meu amor por você". E quando eu pensei em desligar a tv e ir pro rodízio de massas que está rolando - meu carro até ficou na rua, porque eu cheguei e já ía sair - entrou Marisa Monte, que eu amo.
Marisa tem um domínio de palco impressionante! Ela cantou "Amor I Love You" com "o Rei" e depois cantaram "Eu te amo, te amo, te amo". Ela tem uma beleza cruel, de tão única. E a interpretação que dá é deliciosa de se ver e ouvir.

Deixa eu voltar pra lá, porque agora eu quero ver tudo, pois tem Jorge Benjor cantando música que eu também amo! "Lá fora está chovendo / Mas assim mesmo / Eu vou correndo / Só pra ver o meu amor / Ela vem toda de branco / Toda molhada, linda e despenteada / Que maravilha / Que coisa linda que é o meu amor..."

Eu volto.

Bloco II
Não curti muito o segundo bloco, a não ser pelo Jorge Benjor. Ah! Mas rolaram aquelas músicas da época da Jovem Guarda. Não é do meu tempo, mas eu gosto de ouvir. Inocência e paixão, misturadas ao ritmo daqueles tempos. Bem legal.

Bloco III
RC fitando o teleprompter em "Amor I Love You" ainda vá lá; mas pra conseguir cantar "Se ela dança, eu danço", o que se repete por 30 vezes na letra que ele diz ser "uma poesia", é demais... Nada a ver Roberto Carlos cantar funk. Pra quê?? Definitivamente, nada a ver.

"Eu voltei", no entanto... Mais uma que me fez lembrar "o meu cachorro" que me sorriu latindo algumas vezes... Pô, aquela parte do "Meu retrato ainda na parede, meio amarelado pelo tempo, como a perguntar por onde andei..." Uia! "Onde andei, não deu para ficar, porque aqui, aqui é o meu lugar..." Nossa, que vontade de desligar a tv!!

Faltou "se um outro cabeludo aparecer na sua rua, e isso lhe trouxer saudades minhas, a culpa é sua..." Aí eu ía, re-al-men-te, me entupir de pizza e de todas as massas do mundo!

Bloco IV
Como disse a Mônica, nos comentários em tempo real, veio o Trio Jurassic - RC, Wanderléia e Erasmo Carlos. Não entendo por que a Wanderléia tem de se vestir daquele jeito...
Cantaram "Amigo". E essa é u'a música que me cansou, porque eu era obrigada a cantá-la com mais freqüência do que eu gostaria, lá pelos ídos de 1993/1994. Aos poucos consigo voltar a ouvi-la sem que me dê náuseas. Porque, realmente, tem uma belíssima letra. E não merecia meu desprezo.

Aí entram imagens do maestro Tom Jobim. Cantando "Ligya", com RC, vêm belas imagens no telão. E Roberto canta "Insensatez". Pronto! Já ganhou dez pontos, na minha avaliação. "Vai, meu coração, pede perdão / Perdão apaixonado / Vai, porque quem não pede perdão / Não é nunca perdoado." Gosto muito!

Bloco V
Aí, não dá. Fossa total. "Os botões da blusa que você usava..." Realmente, eu agora quase fui pro rodízio de massas.

Último Bloco
"Eu te amo tanto" é liiiinnnnddaaaa!!! Gosto mesmo. Acho que é de uma inspiração total de amor, essa música. Versos como "quem procura por você sabe onde estou" mexem muito comigo.

"Jesus Cristo", pra terminar. Acho que ele canta essa música como se fosse uma oração. E me parece que funciona. As pessoas se unem, quando essa música toca.

Desejos de um bom ano novo e dedicação do show a Maria Rita.
Eu soube que todos os meses, no dia da morte de Maria Rita ele reúne a família e faz um jantar em sua memória. Isso é mesmo amor além da morte.

Feliz Sábado!!

(foto em Guapi)
Vamos sorrir!
Porque ontem fez sol e caiu chuva de verão, porque hoje é sábado e aniversário do papai!
Porque o verde e o amarelo estão presentes nos jardins e na bandeira, lembrando nossas matas e o ouro que brilha como deveria brilhar nosso olhar... só porque hoje é sábado!


(percebe a formiguinha?)

sexta-feira, 15 de dezembro de 2006

Gente Humilde

Chico Buarque se tornou parceiro de Vinicius de Moraes por insistência do poeta. Acabo de ler no livro. 1969 - Vini estava pondo letra em "Gente Humilde", o chorinho composto em 1952 por Aníbal Augusto Sardinha, que conhecemos como "Garoto".

"Faz dois versos", pediu Vinicius; "vamos virar parceirinhos".
E então, foi uma espécie de presente de compadre para Chico, num ano de exílio em Roma. Ele escreveu: "Pela varanda / flores tristes e baldias / como a alegria / que não tem onde encostar." Conta Humberto Werneck que Chico, em seguida, confessou que nem sabia o que tinha querido dizer com os versos. Mas Vinicius o incentivou. Vinicius entendia das coisas...

Eu choro todas as vezes que ouço essa música. Talvez Chico não soubesse o que queria dizer com seus versos. Mas quem os ouve, compreende. Essa música me parte o coração.
É...
"Que vontade de chorar!"

Tem certos dias
Em que eu penso em minha gente
E sinto assim
Todo o meu peito se apertar
Porque parece
Que acontece de repente
Como um desejo de eu viver
Sem me notar
Igual a como
Quando eu passo no subúrbio
Eu muito bem
Vindo de trem de algum lugar
E aí me dá
Como uma inveja dessa gente
Que vai em frente
Sem nem ter com quem contar

São casas simples
Com cadeiras na calçada
E na fachada
Escrito em cima que é um lar
Pela varanda
Flores tristes e baldias
Como a alegria
Que não tem onde encostar
E aí me dá uma tristeza
No meu peito
Feito um despeito
De eu não ter como lutar
E eu que não creio
Peço a Deus por minha gente
É gente humilde
Que vontade de chorar

quinta-feira, 14 de dezembro de 2006

Feliz Natal desde já


Almoço. No cardápio, rosbife, bacalhau, chester com abacaxi, arroz com passas, farofa com passas, tortas salgadas, salada de feijão fradinho, rabanadas, pavês, empadinhas, refrigerantes, coquetel de frutas e vinho chileno. Delícia. Hoje foi a festa de final de ano, no trabalho. A primeira; porque é claro que eu vou participar de outras - as dos outros!! É claro!

Amigo Oculto, e eu ganhei o livro do Chico Buarque. Mas não só. Nem sei por que, mas ganhei confetes, M&M, sucrilhos... essas coisinhas gostosas de comer que, "não sei por que", as pessoas acham que é a minha cara!! Pois eu simplesmente AMEI!!! E terminei dizendo que nem sabia de qual presente eu havia gostado mais.


Só que pra que as mesas ficassem bonitas assim...


L. teve de tirar os computadores de cima delas, e "malocá-los" sob as mesas.
Nada como uma câmera na mão, para registrar esse momento lindo, em que um colega se entrega de corpo inteiro ao trabalho!! De corpo e pernas!


(Cá entre nós, L. está muito bem, não??)


Eu apostei que publicaria. E ainda lhe dei o benefício de escolher se a legenda traria "L." ou "K."
hohohohoho!!!

Mais uma do carioca

Aqui ao lado, a foto da calçada do Consulado Geral dos Estados Unidos, na Rua México, no Rio. É quase um deboche, o nome da rua...

13.12.2006. Já passava de uma da tarde; então, você pode conferir, só havia meia dúzia de pessoas na fila - que se forma do lado de fora, faça chuva, faça sol.

Pela manhã, a cena é quase deprimente. Dezenas - talvez centenas - de pessoas buscando um visto de entrada no país do Mr. Bush, enfileiradas, do lado de fora, aguardando que a bondade dos "donos do mundo" permita que entrem no prédio.


Ainda na calçada, um pouco mais à frente, um retrato da criatividade do carioca. Porque na Embaixada você tem de entrar acompanhado, apenas, de você mesmo. É isso aí! Sem nada na mão, seja caderno, livro, caneta, telefone celular, pasta, bolsa... Absolutamente nada!
Isso é complicado, porque ninguém anda de mãos abanando, por aí. Até porque se você for alguém que anda de mãos abanando eles vão negar seu visto. Então, as pessoas íam para a fila acompanhadas de outras, para que essas outras ficassem tomando conta das suas coisas enquanto elas passavam pela sabatina e pela sessão de tortura, na esperança do carimbo no passaporte.
Até que um brasileiro, criativo como aquele que cobra R$ 0,30 pela informação, montou sua barraquinha.

No começo, há uns meses, era uma barraquinha mais simples: um banquinho onde ele sentava e um armário daqueles de faculdade, com umas seis portinhas, com chave. Não sei quanto cobrava pelo serviço, mas com certeza o retorno foi suficiente para ampliar o negócio, montar uma proteção para chuva e até dispor cadeiras no interior da banquinha, para conforto dos clientes, provavelmente com o patrocínio da cervejaria Antarctica (veja o detalhe da foto).



O fato é que o serviço está em franca expansão!


Não bastasse, há plaquinhas em português e em inglês - o cara é bilíngüe!! - anunciando os serviços.


E, o melhor: um quadro, pendurado na árvore, com fotos dos clientes satisfeitos! (veja foto abaixo)

Agora, me diga: onde mais você encontraria isso, a não ser no Rio de Janeiro??



Eu ousaria dizer que o problema do desemprego, no Brasil, está mais ligado à falta de disposição de alguns que à impossibilidade de se ganhar dinheiro, trabalhando. Porque quem tem criatividade ao menos não passa fome!