sexta-feira, 13 de setembro de 2013

Uma carta para minha Tia V., depois de um ano...

Lendo um trecho de Milly Lacombe, lembrei imediatamente que a dor é algo muito democrático, infelizmente. Não dá pra viver sem sofrer as dores da vida. Ela atinge a todos, e em algum momento, em algum lugar, de alguma forma... você vai sofrer a dor de alguma perda. Mas o modo como ela vai ficar em você, na verdade, depende muito, ou talvez APENAS, de você mesmo.


E ela ainda arremata:
"Mas o mais fundamental é que eu continuo a escutar sua música..."

Eu diria que continuo a escutar seus risos e suas risadas, tiazinha... Continuo a ver seus sorrisos e sua alegria. Continuo me inspirando na sua persistência, perseverança, na sua fé, e na sua força de vontade. Permaneço me inspirando na sua disciplina e naquela sua imensa e incrível vontade de viver. 
Aprendi que posso chorar sem precisar interromper qualquer outra coisa que esteja fazendo. Posso até chorar enquanto rio de lembrar da sua pontualidade britânica, enquanto ouço sua voz no meu coração dizendo: "Oi, minha filha...", enquanto penso no seu charme, de chapéu na praia, e no motorzinho que havia nas suas pernas enquanto caminhávamos nas ruas de Québec...

"Onde está sua dor, está sua vida."

Com amor eterno,
Sua bonequinha Suzi, sua sobrinha "espirituosa". 

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