quarta-feira, 28 de fevereiro de 2007

Pequenas drágeas

* Tanto trabalho, esta semana, e minha mesa cada vez mais cheia.

* Carro novo é bom...

* N. fez uma comidinha tão gostosa, que eu resolvi levar almoço de casa, hoje. Tudo pronto, na geladeira, com sobremesa e tudo, e na hora de sair eu esqueço de levar. Por onde anda minha cabeça, hein??

* O verão é maravilhoso. A pele fica dourada e com "carinha de saudável". É bom ver e ser vista, assim.


* Ouvir Skank Cidade Negra, na volta pra casa - "O que é que eu vou fazer, agora,/ Se o teu sol não brilhar por mim? / Num céu de estrelas multicoloridas / Existe uma que eu não colori..." - é alegre e gostoso. Toni Garrido é um charme. Sei lá, mas ele tem charme na voz. Eu acho.


* Almocei por volta das três e tal. Comi a sobremesa primeiro, uma hora antes.


* Minha mesa tem estado tão cheia!, que hoje eu me senti naquelas gravações de tele-atendimento: "Se você deseja Embargos de Declaração, tecle 1; despachos, tecle 2; pendências, tecle 3; votos, tecle 4; processos novos, da distribuição, tecle 5..." E o telefone não parou de tocar, o dia inteiro.

* L. está nadando 1000m/2000m por dia, malhando e fazendo "cooper". Perguntei se estava se preparando para o Pan. Sorriu. Sorriso lindo. E risadinha gostosa.

* Aquelas mesmas escadas, o encontro com o mesmo homem. Tentou passar discretamente. Não conseguiu. Virou-se e perguntou qualquer coisa. Respondi qualquer coisa.

* Saudades de A. Desde a praia de sexta-feira nós não nos vemos. Liguei. Rimos muito.


* Receber "aquela" ligação, no finalzinho da tarde, no meio daquela papelada toda... encerra bem qualquer dia!


* Odeio quem não tem palavra. Se eu disser pra você que espero "até dia 28", nada no mundo vai me fazer esperar só até dia 27, sacou? Mas por que fazem isso com as pessoas? Nas relações de trabalho não se pode confiar na palavra de um homem. Aquele menino estava a ponto de chorar, hoje...

* Minha mãe está com uma cor tão linda!


update:
é que gosto tanto do Skank, e daquela música "É uma Partida de Futebol", e tá rolando futebol na tv...
assim, não fosse a Mumumu, essa confusão se prolongaria até...
então, pra fixar: Skank, Minas, Samuel Rosa / Cidade Negra, Baixada Fluminense, Toni Garrido.


Amor de mãe - um outro olhar

Leblon / Rio de Janeiro / 27.02.07


Eu ia andando pela Avenida Copacabana e olhava distraída edifícios, nesga de mar, pessoas, sem pensar em nada. Ainda não percebera que na verdade não estava distraída, estava era de uma atenção sem esforço, estava sendo uma coisa muito rara: livre. Via tudo, e à toa. Pouco a pouco é que fui percebendo as coisas. Minha liberdade então se intensificou um pouco mais, sem deixar de ser liberdade. Não era tour de propriétaire, nada daquilo era meu, nem eu queria. Mas parece-me que me sentia satisfeita com o que via.
Tive então um sentimento de que nunca ouvi falar. Por puro carinho, eu me senti a mãe de Deus, que era a Terra, o mundo. Por puro carinho, mesmo, sem nenhuma prepotência ou glória, sem o menor senso de superioridade ou igualdade, eu era por carinho a mãe do que existe. Soube também que se tudo isso "fosse mesmo" o que eu sentia - e não possivelmente um equívoco de sentimento - que Deus sem nenhum orgulho e nenhuma pequenez se deixaria acarinhar, e sem nenhum compromisso comigo. Ser-lhe-ia aceitável a intimidade com que eu fazia carinho. O sentimento era novo para mim, mas muito certo, e não ocorrera antes apenas porque não tinha podido ser. Sei que se ama o que é Deus. Com amor grave, amor solene, respeito, medo e reverência. Mas nunca tinham me falado de carinho maternal por Ele. E assim como meu carinho por um filho não o reduz, até o alarga, assim ser mãe do mundo era o meu amor apenas livre.

Clarice Lispector in Felicidade Clandestina ("Perdoando Deus")

terça-feira, 27 de fevereiro de 2007

Futebol na tv

No jogo de domingo, aquele senhor chamado Arnaldo César Coelho, que agora que deixou os campos e seu uniforme preto fica falando na tv, fez um comentário estranho e, no mínimo, preconceituoso. Em dada altura, disse assim:
- Se banderinha fosse bom, ele não era bandeirinha; era juiz.

Não fosse um Fla x Vas e eu teria saído de frente da tv pra ir até à Globo dar-lhe um belíssimo puxão de orelha. Bem dado. Pra baixar a crista.

O lance envolvia uma sinalização de falta feita pelo "bandeira" e que resultou na parada da jogada, pelo "juiz", quando, ao seu ver, haveria de ser aplicada a "lei da vantagem".
O Arnaldo achou aquilo um absurdo, dizendo que quem apita jogo é o "juiz" e por isso mesmo "bandeirinha" não tem apito. E completou com o "se banderinha fosse bom, ele não era bandeirinha; era juiz."

Afora o preconceito e a visível prepotência, o senhor Arnaldo cometeu, no mínimo, duas falhas absurdas. Não existe mais "bandeirinha" - o cara é "assistente"; e "juiz" trabalha na Justiça e não em campo de futebol - o cara que tem um apito, no gramado, se chama "árbitro".
Básico, não?
E ridículo.
É por isso que futebol se assiste é no Maraca. Bem feito pra mim.

segunda-feira, 26 de fevereiro de 2007

Amor de mãe

Agora

Uma barra de chocolate crocante.
Só isso.
Eu queria...

A praia de ontem

Este era o mar de ontem. Eu estava lá desde as sete da manhã.
Hoje estou aqui, desde cedo, envolta em paredes frias, ar condicionado, praticamente sentindo frio!
Não é exatamente isto o que querem dizer quando se diz que o Brasil é um país de contrastes. Mas faria todo o sentido.

Oscar 2007

Já vi George Clooney.
Já posso ir dormir.
Boa noite.
U-au!

domingo, 25 de fevereiro de 2007

Uma vez Flamengo, Flamengo até morrer

Sofrido é mais gostoso!!!
Agora estamos na final!!!

Poema de Alberto Caeiro


Não basta abrir a janela
Para ver os campos e o rio.
Não é bastante não ser cego
Para ver as árvores e as flores.
É preciso também não ter filosofia nenhuma.
Com filosofia, não há árvores: há idéias apenas.
Há só cada um de nós como uma cave.
Há só uma janela fechada, e todo mundo lá fora.


E um sonho do que se poderia ver se a janela se abrisse,
Que nunca é o que se vê quando se abre a janela.
(Fernando Pessoa/Alberto Caeiro)

sábado, 24 de fevereiro de 2007

Crença

Hoje eu me lembrei desse poema. Um poema que foi musicado com uma das melodias mais bem construídas e tocantes que conheço. Sabe "Luíza"? Pois é. Algo assim. Doce assim. Lindo assim. Alguém já me disse que se Tom Jobim estivesse vivo gostaria de ter assinado essa música. Eu acho, também. Qualquer hora eu coloco aqui a partitura e quem souber tocar um instrumento, ou souber cantar um pouquinho, pode conferir. Verá que tenho razão. Porque é belíssima.

Lembrei dessa música porque minha mente estava tomada de dúvidas - por quê? por quê? por quê??
Saudades...
Então, cantei baixinho, enquanto lágrimas escorriam dos meus olhos e a saudade apertava, pelos quinze dias sem minha amiga tão querida...


Crença

Poderia a chuva nunca mais cair
Poderia o sol não mais nascer
Ou mesmo que as estrelas se esquecessem de brilhar
E as aves mudas, sem cantar
As aves sem cantar...
Ainda que tivesse de sofrer intensa dor
Ou se faltasse o que vestir
Faltasse até o pão
Eu nunca deixaria de acreditar
Na existência eterna de meu Deus
Pois Ele é superior
A qualquer coisa passageira
Ele vive
Hoje e sempre viverá
Creio em meu Deus
Creio em meu Deus
Hoje e sempre creio

Em meu Deus.
(Evaldo Vicente)

sexta-feira, 23 de fevereiro de 2007

Feliz Sábado!!


Sexta-feira. Fim de tarde. Começo de sábado.
Eu e A. na areia da praia. Natureza. Presente de Deus.
O sol se pondo por trás das montanhas, crianças soltando pipa; homens pescando, meninas conversando. Enquanto o dia vai se escondendo para dar lugar à noite, surge a lua, discreta, no céu ainda claro, azul anil. Sopra a brisa que embala o arvoredo. A pele esfria. A canga faz as vezes de uma veste protetora. Protegida do vento, fotografo as duas extremidades da praia. O sol e a lua. E penso que sou um pouco de tudo. "Noite e dia se completam... eu faço a cena que eu quiser."


Pela estrada

Serra de Mato Grosso/RJ/Sábado/17.02.07


"Pela estrada afora
eu vou bem sozinha,
levar esses doces para a vovozinha..."

Como não tenho mais vovozinha... vou sozinha, estrada afora, sabe-se lá levar doces para quem!

"...ela mora longe, o caminho é deserto
e o lobo mau passeia aqui por perto..."

O caminho é deserto, cheio de montanhas lindas e céus azuis.
E, às vezes, o lobo não é assim tão mau...

quinta-feira, 22 de fevereiro de 2007

Praia Seca

Praia Seca/RJ/terça-feira/20.02.07

Na verdade, a praia é molhada e o céu é azul; as nuvens, branquinhas; o vento sopra e a gente se senta, abraçando os joelhos e com a vontade de parar o mundo, pra não sair mais dali.

Uma tarde feliz e inesquecível

Saquarema - Segunda-feira - 19 de fevereiro - Pôr-do-sol - Céu acima da lagoa

Carnaval.
Gosto do Carnaval de um jeito diferente da maioria das pessoas. Gosto do Carnaval pra viajar, ficar na praia, sol na cabeça e alegria entre amigos.

Fui pra Região dos Lagos - Araruama, Arraial do Cabo, São Pedro D'Aldeia, Saquarema, Praia Seca, Cabo Frio, Rio das Ostras.

Embora estivesse com muitos amigos, meti o pé na estrada sozinha. Eu precisava estar em contato com o verde das matas e o azul do céu, no meu tempo, no meu ritmo. Acelerei quando tive vontade, pisei no freio quando quis. Fotografei cenas da natureza, tive lembranças, na estrada, ouvi meu programa de rádio preferido, ri sozinha. Troquei mensagens pelo celular, recebi ligação-Surpresa. Tudo conspirou para a felicidade, e a viagem foi perfeita.

Meus anfitriões foram igualmente perfeitos. Conforto e cardápio de hotel, num ambiente amistoso e fraterno. Isso não tem preço.

"Quarta-feira de cinzas". Dez e meia da manhã. Enquanto todos voltavam pro Rio de Janeiro, eu seguia para Rio das Ostras. Queria dar um beijo e um abraço nos pais e nas irmãs da Valéria. E não importava o quanto me diziam que eu pegaria um trânsito terrível, pra voltar, porque estaria me distanciando ainda mais do Rio. Eu queria. Sentia um desejo grande de abraçar aquela gente que me é tão querida... E fui.

O pai, quando ouviu minha voz, no portão, "desmontou" - como me contou mais tarde - e caiu no choro. Saudades. Lembranças. E só apareceu uns minutos depois, pra me abraçar feliz; feliz por eu estar ali. Não cansava de me apresentar às pessoas como "a maior amiga da minha filhinha" - e você não tem idéia do orgulho que eu sentia com isso. Ele contou que naquela noite sonhara comigo e com a Valéria. E deu detalhes do sonho. Aquilo me pareceu tão real... Fiquei emocionada.
A mãe, que ao sentir meu abraço não parava de me segredar ao ouvido "você não sabe como isso é bom...", me apertava forte, como fazem as mães que querem bem aos filhos.
Suas irmãs e sobrinhos vieram pra varanda e ali ficamos sentados, conversando. Enquanto almoçávamos uma moqueca de peixe, com um pirão delicioso, peixinho cozido, como Valéria gostava, ficamos ali lembrando histórias da nossa vida.

Curioso como todas as lembranças dela nos faziam rir. Afora os momentos de dor na fase final da sua vida, não havia uma lembrança, sequer, que não nos causasse risos e até gargalhadas. Tudo naquela mulher era alegria, caramba!! Contei das nossas armações, quando íamos pra Rio das Ostras; as melhores sacações eram dela; as mais criativas idéias de como dar um "fla-flu" em alguém saíam da cabecinha dela. As festas... Como nos divertíamos naquelas festas! Lembramos dos gostos, das poses, da Brasília branca nos anos 90, das trocas de pneus - ela botava pra correr quem se oferecesse pra trocar um pneu pra ela, como se as mulheres não pudessem fazer isso... Quanta lembrança boa! Lamentamos a ausência de alguns "amigos" na cerimônia da sua despedida. Senti uma dor e mágoa, nos olhos de todos eles, ao me falarem sobre isso. Numa família enlutada, não há ninguém que consiga aceitar como justificativa o fato de você não gostar de velórios nem o de você não querer ver "daquele jeito" o amigo que se foi. Relembrei a todos que devo a ela o prosseguimento da denúncia, no Cremerj, daquele médico que a tratou de modo tão desumano, no começo de tudo. Falamos sobre os bens deixados, e procurei tranqüilizá-los de que isso faz parte do processo. Que a habilitação dos pais, para a pensão post-mortem não significa mercenarismo. É direito e precisa ser feito. Lembramos de nosso retrato em grafite, que um desenhista fez em Trancoso/BA, e morreram de rir quando eu disse que no final ninguém sabia dizer quem era eu e quem era ela. Tivemos de perguntar ao cara e escrever atrás de cada desenho, pra não esquecer. O bugre, as bagunças, a alegria daquela viagem a Porto Seguro tornaram-se motivo de outras gargalhadas.
Enfim, entre risos e lágrimas, rimos e choramos numa tarde maravilhosa.

(Re)aprendi muito, ontem à tarde.

(Re)aprendi que você deve fazer o que o seu coração mandar, não importa "o trânsito que você vá enfrentar na volta";
que você deve "amar as pessoas como se não houvesse amanhã";
que um abraço talvez seja a melhor expressão de amor, na hora da dor;
que você, jamais, deve pensar primeiro em você, quando se tratar de estar presente numa cerimônia de despedida de alguém - afinal, ninguém está num velório por gosto; ali, se vai por amor, consideração e respeito à família, além de ter muito a ver com seu grau de comprometimento e envolvimento com o de cujus;
que o melhor conforto quando se perde alguém é saber que você não deixou com ele nenhuma pendência; que não há nenhum remorso, nada mal resolvido;
que o vazio no coração vai ficar para sempre, mas há modos de preencher parte dele - e isso inclui cuidado mútuo, apoio, e a presença dos amigos não apenas no dia fatal, mas no decorrer da vida, nos dias, meses e anos que se seguirão.

Acima de tudo, eu (re)aprendi que o bem que se faz aos outros retorna sempre para nos fazer felizes.

quarta-feira, 21 de fevereiro de 2007

Muito bom

Meus queridos, tenho lido cada mensagem, cada recadinho. Nem sei como agradecer a paciência de vocês, comigo...
Hoje foi um dia muito especial para mim. Amanhã eu conto por que. Por ora, quero apenas dizer que amor e carinho fazem parte daquilo que se chama “corrente do bem”. E se eu recebo isso de vocês, também preciso repassar. E é uma grande bênção poder compartilhar bons sentimentos.

Beijinhos pra todos.
Amanhã eu volto.
;o)

sábado, 17 de fevereiro de 2007

Feliz Sábado!!

"É como Norman Cousins disse:
- A esperança é o começo dos planos. Dá aos homens um destino, um sentido de direção para alcançá-lo e a energia para começar. Aumenta a sensibilidade. Dá o valor apropriado aos sentimentos e aos fatos.
Sua esperança implica a reanimação da imaginação humana - acerca da vida como o homem gostaria de tê-la; acerca de uso completo de sua imaginação para trazer a saúde e a sensibilidade para seu mundo e sua arte; acerca da importância do indivíduo; acerca de sua capacidade de criar novas instituições, descobrir novos caminhos, sentir novas possibilidades.
Certamente tudo isso é verdadeiro. Mas o amor está além da esperança. A esperança é um começo. O amor é eterno."

(Leo Buscaglia in "Amor")

"Há três coisas que perduram: a fé, a esperança e o amor. Essas três; mas a maior delas é o amor."
(Carta de Paulo e Sóstenes aos cristãos de Corinto)


Hoje faz onze meses que perdi para a morte meu amigo Anderson.
Há uma semana eu estava sepultando minha amiga Valéria.
O processo da vida é mesmo simultaneamente tão cruel e tão maravilhoso... Eu os perdi para a morte. Mas só passa pela morte quem um dia viveu. E nesse caminho, entre a vida e a morte, o que importa mesmo é tocar o coração das pessoas. E se o meu coração um dia foi tocado - e para sempre - pela Valéria e pelo Anderson, então já há um certo sentido nas coisas que envolvem a vida.
FELIZ SÁBADO!!

sexta-feira, 16 de fevereiro de 2007

Há sempre um novo sol...


...uma nova cor, um novo aroma, um novo sabor.
Há sempre esperança, no coração. E não importa a dor.
Há sempre um novo sol.

quinta-feira, 15 de fevereiro de 2007

Toquinho e Vinicius

"Às vezes quero crer mas não consigo
É tudo uma total insensatez
Aí pergunto a Deus: 'escute, amigo,
Se foi prá desfazer por que é que fez?'

Mas não tem nada não...
Tenho meu
violão"

quarta-feira, 14 de fevereiro de 2007

Saudade, incompreensão e alegria, tudo em mim

Somos um todo. Não adianta tentar separar. Este é o meu eu que sofre, este o meu eu que ri. Esta é a parte de mim que eu adoro, e esta é a que apenas suporto. Este é o meu eu que vem superando a dor; este, o meu eu que se afoga em lágrimas.
Não é assim.
Aos poucos, um pouco de mim já aceita a perda; mas eu, ainda, inteiramente, não compreendo.
Mas a vida segue. E se Valéria estivesse aqui, vivendo entre nós, hoje seria um dia com a sua cara. É impossível não lembrar que o sol de hoje tem o tamanho do nosso amor pelo mar. Rio das Ostras, Porto Seguro, Trancoso, Recreio...
Um dia, todos os mares serão seus, minha querida Valéria!

Não consigo escrever aqui detalhes de seu último dia de vida. Eu me emociono demais, ainda. Mas posso dizer que a minha alegria consiste em saber que naquele dia eu e A. conseguimos fazê-la rir e sorrir, conseguimos ver nossa amiga, e falar com ela de modo que nos entendesse. Prometemos voltar no dia seguinte. E voltamos. Com J. e tudo!, o último nome que ela pronunciou. Ali estava fechado, naquela tarde de sexta-feira, o nosso divertido grupo. Seus últimos momentos reuniram as quatro amigas. Suzi, Valéria, A. e J. Amigas para sempre.

terça-feira, 13 de fevereiro de 2007

Mafalda - basta


"Os sensíveis são simultaneamente mais infelizes e felizes que outros."
(C.Lispector)


Pelo João Hélio

Pela Valéria

Por tantos.

segunda-feira, 12 de fevereiro de 2007

Ainda sem palavras...


"Que Deus me acuda. Estou muda que nem uma lua."
(Clarice Lispector)

sexta-feira, 9 de fevereiro de 2007

Adeus, minha amiga... Adeus.

Valéria Regina
09.11.1968 / 09.02.2007

Feliz Sábado!!

Pôr-do-sol no Rio - sexta-feira - eu voltando pra casa


Eu amo olhar para o céu.

De dia, de noite, céu azul clarinho, branquinho de nuvens, carregado de chuva, cheinho de estrelas... Céu dourado, anil, cinza, preto...

E hoje, enquanto eu enfrentava aquele trânsito típico das sextas-feiras, o sol começava a baixar. Lembrei de ter lido em algum lugar, alguma vez, em algum tempo, que "nada se repete sob o sol"; e pensei que, de fato, nada se repete. Nem o sol. Cada pôr-do-sol é único, em sua beleza. Cada dia é singular. Se eu pudesse, viveria fotografando pores-do-sol. Assim como o sol que cada vez que se põe nos dá um espetáculo diferente, não quero esquecer, nossos dias também são sempre novos. Cada coisa que nos acontece hoje não se repetirá amanhã. Não do mesmo modo. Não no mesmo tempo.

Por isso, cuide de ter um sábado feliz.
Observe a natureza, faça alguém sorrir.
Faça memorável o sábado de alguém. Esse novo dia jamais se repetirá.

Melhores notícias

Acabo de receber uma ligação da mãe de V.
Como os rins haviam parado de funcionar, V. tem estado muito inchada, desde segunda-feira. Acontece que hoje - e aí vejam como nossos pensamentos e orações têm funcionado - os médicos decidiram fazer hemodiálise. E a indicação é de que em dois ou três dias ela já esteja melhor. O problema nos rins foi decorrente da morfina e demais medicações. Mas o melhor de tudo foi ouvir a médica dizer que a hemodiálise só será feita porque ela tem realmente chances de se curar do câncer. Porque, se não houvesse, eles não fariam mesmo, o tratamento. Ouvir "tem chance" já nos fez muito felizes. É uma pequena vitória. Mas as grandes graças são construídas, muitas vezes, por pequenas vitórias. E eu quis compartilhar isto com você.

O "pesar" e a "depressão" - qual a diferença?

"Quando perguntaram a Santo Antônio no deserto como podia diferenciar entre anjos que vinham a ele humildemente e demônios que vinham sob rico disfarce, ele disse que podia perceber a diferença pelo modo como se sentia depois que iam embora. Quando um anjo nos deixa, nos sentimos fortalecidos por sua presença; quando um demônio nos deixa, sentimos o terror. O pesar é um anjo humilde que nos deixa com pensamentos fortes e claros, e uma noção de nossa própria profundidade. A depressão é um demônio que nos deixa aterrados."
(A.Solomon)

quinta-feira, 8 de fevereiro de 2007

Eu acredito em milagres

Quando tudo falha,
quando o homem já não sabe o que fazer,
o desespero começa a tomar conta da mente,
e os médicos, com todos os seus conhecimentos, suspeitam que não conseguem ir além...
É a hora de Deus.
É o tempo do Pai entrar em ação.


V. está muito mal...
Eu estou muito triste.

Diretamente de Portugal


quarta-feira, 7 de fevereiro de 2007

Eu não quero migrar...

Que medo...
O blogger perguntou se eu queria mudar para a nova versão. Deu-me a opção de ignorar a oferta e ir direto para o painel, mas avisou-me, em letras garrafais: ISTO SÓ PODE SER FEITO UMA VEZ.
Ai, que medo... Mas, logo, logo, será inevitável.

Todos os Escritos Possuem um Sentido - por Sartre

Não queremos ter vergonha de escrever e não sentimos a necessidade de falar para não dizer nada. De resto, ainda que o desejássemos, não o conseguiríamos: ninguém pode conseguir isso. Todos os escritos possuem um sentido, mesmo que esse sentido esteja muito afastado daquele que o autor tenha pensado dar-lhe. Para nós, com efeito, o escritor não é Vestal nem Ariel: está "metido no caso", faça o que fizer, marcado, comprometido, mesmo no seu mais profundo afastamento. Se, em certas épocas, utiliza a sua arte para forjar bugigangas de inanidade bem soante, até isso é significativo: é porque há uma crise das letras e, sem dúvida, da sociedade.
Jean-Paul Sartre, in Situações II

terça-feira, 6 de fevereiro de 2007

Palavras escritas, cantadas, pintadas, vividas

Pequenos mimos...
É o modo como se dá, a alegria com que se oferece, a sensação de que o outro procurou e encontrou algo que fosse a nossa cara que faz especiais os presentes que ganhamos.

Eu escrevo como quem canta uma canção inventada. Que parte do nada. Vai chegando onde quer. As notas são palavras; a pauta, as linhas do papel. Escrevo como quem vê o sol depois da chuva, e a brisa depois do sol. Um pouco do que foi, um tanto do que virá, do que há de se tornar. Escrevo sempre com a tinta que se usa pra pintar a esperança. Porque o amanhã é sempre feito de um novo dia. Porque tudo será ainda mais claro. Porque a vida, as canções e os escritos precisam sempre recomeçar. De algum ponto. E em alguma direção. Mesmo que se desconheça o começo e o fim.

Dell

8h50min
Interfone.
Pontualidade, simpatia, educação.
Substituição do monitor efetuada.
Atendimento perfeito.
Cliente satisfeito.
"Se todos fossem iguais a você..."


update:
9h25min. Interfone. Técnico da Dell para instalar e verificar o funcionamento do equipamento. (eu já havia instalado, é claro, porque, tolinha, achei que era a minha parte, no negócio.) Tudo perfeito, ordem de serviço fechada.

U-au!


segunda-feira, 5 de fevereiro de 2007

Tudo passa


Tudo passa - sofrimento, dor, sangue, fome, peste. A espada também passará, mas as estrelas ainda permanecerão quando as sombras de nossa presença e nossos feitos se tiverem desvanecido da Terra. Não há homem que não saiba disso. Por que então não voltamos nossos olhos para as estrelas? Por quê?

Mikhail Bulgakov,
citado em "O demônio do meio-dia", de Andrew Solomon
Não é à toa.
Diziam-me que era pra comprar um Dell. Comprei. Três anos de garantia.

Fevereiro de 2007. Equipamento em uso há 33 meses. Defeito no monitor. Tela treme.
Faço contato. Sou atendida por gente. Explico, apenas e rapidamente. Informo n. de série e "código de serviço expresso", informações facilmente identificadas no próprio equipamento.
Em minutos, recebo a resposta: "O nº de seu chamado é o xxxxxx, basta aguardar o contato do técnico para o agendamento."

Duas horas e meia depois vem a ligação. Substituição do monitor agendada para amanhã. Peço para que seja feita pela manhã, até dez e meia. Ok. Entre oito e meia e dez da manhã.

Assistência técnica sem aborrecimentos?? Sem sair de casa?? Solução em menos de 24h?? Horário marcado?? Eu não tive mesmo de me aborrecer, invocar o Código do Consumidor nem falar em "medidas judiciais"??

Diziam-me que era pra comprar um Dell. Ainda bem que eu ouvi.

Novidade no mercado sentimental

Parece que as mulheres resolvem isso com menos dificuldade. Os homens, sabe-se lá por que, têm maiores dificuldades. Bem, talvez até se saiba, conhecendo um pouco "a alma masculina"; mas há quem se faça de desentendida, para continuar a poder dizer: "eu não sei por que..."

De todo modo, se é o seu caso, menino ou menina, agora você não está sozinho. Antes que as "Organizações Tabajara" criassem o serviço, um alemão foi lá e, pow! Criou o "Terminator".

O custo? 20 euros, se o serviço for prestado por telefone; 50, se for pessoalmente.
Com algo em torno de 60 e 150 reais alguém faz o "servicinho sujo" pra você.

Questão de gosto

Eu gosto mesmo do que não é óbvio.
É preciso adivinhar, um pouco.

domingo, 4 de fevereiro de 2007

Verde, azul. Contemplação. Endorfina.


Eu sempre digo que o encontro do azul do céu com o verde das matas me encanta.
Não tenho dúvidas.
A endorfina - o "hormônio da felicidade e da longevidade" - está correndo solta, hoje, dentro de mim.

Vou ali.



E volto mais tarde.

sábado, 3 de fevereiro de 2007

Sinto-me leve



Saí às oito da manhã.
Acabo de chegar.
Cansada?
Não...

Sinto-me leve como uma pluma.

sexta-feira, 2 de fevereiro de 2007

Feliz Sábado!!


Água também é mar / E aqui na praia / também é margem / Já que não é urgente / Agüente e sente / aguarde o temporal / Chuva também / é água do mar lavada / No céu imagem / Há que tirar o sapato / e pisar / Com tato nesse litoral...
(Carlinhos Brown / Arnaldo Antunes / Marisa Monte)


Nada como tirar o sapato e pisar com tato no litoral...
Areia que se pisa, pés que se molham, mar que se mergulha.
Uma tarde, assim, feliz... para inspirar o sábado que vem aí.


Carta do Ausente (excerto)

"... e que se lembre
Que devemos nos encontrar, e para tanto
É preciso que estejamos íntegros, e acontece
Que os perigos são máximos, e o amor de repente, de tão grande
Tornou tudo frágil, extremamente, extremamente frágil."


Montevidéu, julho de 1958
Vinicius de Moraes

quinta-feira, 1 de fevereiro de 2007

Certeza

O que há de melhor ainda está por vir.
E não há de ser nada espetacular.
Porque não é preciso.
Pequenas coisas me tocam, o que me emociona nem precisa ser grandioso, meias palavras me bastam, um pingo é letra, um alô é o começo, até logo é logo, mesmo.
O que há de melhor ainda está por vir.
E se pode ver da janela, ouvir pelas ondas, sentir no ar, esbarrar pelo caminho.

Meu bebê já é um rapazinho

Em casa, só havia refrigerantes nos finais-de-semana. Nos restaurantes tomavam normalmente. Com o tempo, a mamãe foi percebendo que sempre que saíam para comer fora ele só perguntava por sucos, e não falava em refrigerantes. Então, seguiu-se o seguinte diálogo, entre mãe e filho:

- Filho, por que você não toma mais refrigerante? Alguém falou alguma coisa sobre não fazer bem à saúde?

- Não. Foi de mim mesmo. Você está orgulhosa de mim por isso?

Reaprendendo com o filho, e assim meio sem graça, ela respondeu:
- Sim! Então a mamãe a partir de hoje também não vai beber mais.

V. nem tinha cinco anos, quando se passou esta cena. E já andava ensinando coisas que os adultos esquecem.

Hoje, 1º de fevereiro, é o dia do seu aniversário. Nasceu em 2002. Haveria um sem-número de qualidades a destacar numa criança que nasceu para nos fazer felizes e que insiste nisso, todos os dias, sem o menor esforço. Haveria tanto que não haveria tempo; nem espaço.
Eu amo tanto esse menino, mas tanto!, que nem sei dizer o quanto...

FELIZ ANIVERSÁRIO, MEU AMOR!!!
TITIA AMA VOCÊ!


Cinco minutos

1º de fevereiro: desligue tudo por 5 minutos

"Entre na luta contra as mudanças climáticas e não use aparelhos eletro-eletrônicos e lâmpadas entre 19h55 e 20h desta quinta-feira.

A Aliança pelo Planeta, grupo de associações ambientalistas francesas, lançou um apelo aos cidadãos de todos os países: não consumir energia por cinco minutos, entre 19h55 e 20h desta quinta-feira. O objetivo não é apenas economizar energia nessa data, mas conscientizar consumidores, mídia e classe governante da importância de evitar desperdícios e da necessidade de agir rapidamente para interromper o ciclo de mudanças climáticas que avassala o mundo.

Gastos elevados de eletricidade em uma residência, por exemplo, não acarretam apenas o aumento da conta, mas também a necessidade de incremento da produção de energia do país e a degradação do meio ambiente, sem contar as inúmeras famílias que são obrigadas a migrar de região quando grandes áreas são alagadas para a construção de hidrelétricas.

O dia 1º de fevereiro foi escolhido para a ação porque nessa data será apresentado em Paris, na França, um relatório sobre mudanças climáticas feito por um grupo de técnicos em climatologia da ONU (Organização das Nações Unidas). Espera-se que com a mobilização o assunto receba destaque na mídia e nas decisões políticas de todo o mundo."

fonte: Idec
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