sábado, 24 de fevereiro de 2007

Crença

Hoje eu me lembrei desse poema. Um poema que foi musicado com uma das melodias mais bem construídas e tocantes que conheço. Sabe "Luíza"? Pois é. Algo assim. Doce assim. Lindo assim. Alguém já me disse que se Tom Jobim estivesse vivo gostaria de ter assinado essa música. Eu acho, também. Qualquer hora eu coloco aqui a partitura e quem souber tocar um instrumento, ou souber cantar um pouquinho, pode conferir. Verá que tenho razão. Porque é belíssima.

Lembrei dessa música porque minha mente estava tomada de dúvidas - por quê? por quê? por quê??
Saudades...
Então, cantei baixinho, enquanto lágrimas escorriam dos meus olhos e a saudade apertava, pelos quinze dias sem minha amiga tão querida...


Crença

Poderia a chuva nunca mais cair
Poderia o sol não mais nascer
Ou mesmo que as estrelas se esquecessem de brilhar
E as aves mudas, sem cantar
As aves sem cantar...
Ainda que tivesse de sofrer intensa dor
Ou se faltasse o que vestir
Faltasse até o pão
Eu nunca deixaria de acreditar
Na existência eterna de meu Deus
Pois Ele é superior
A qualquer coisa passageira
Ele vive
Hoje e sempre viverá
Creio em meu Deus
Creio em meu Deus
Hoje e sempre creio

Em meu Deus.
(Evaldo Vicente)

12 comentários:

Nessita! disse...

É sempre bom chorar, alivia a tristeza, apazigua a saudade, invade o coração. Perder um amigo sempre é difícil e só o tempo consegue abrandar o vazio que fica, a falta que faz. Espero que a tua tristeza dê lugar à saudade.

bjs

Custódia C. disse...

Suzi
Deixo-te aqui um texto de Miguel Sousa Tavares um jornalista / escritor Português, a propósito da perda de sua mãe, a escritora e poetisa Sophia de Mello-Breyner:

"E de novo acredito que nada do que é importante se perde verdadeiramente. Apenas nos iludimos, julgando ser donos das coisas, dos instantes e dos outros. Comigo caminham todos os mortos que amei, todos os amigos que se afastaram, todos os dias felizes que se apagaram. Não perdi nada, apenas a ilusão de que tudo podia ser meu para sempre."

Bjs

Suzi disse...

Também espero, Nessita. Por ora, é um misto de sentimentos. E, às vezes, "do nada", me pego chorando.
Mas Deus tem acalmado o meu coração; e o carinho de vocês tem sido fundamental nesse meu retorno.
;o)

Beijos!

Suzi disse...

Custódia,
nem tenho palavras.
Esse texto é lindo. Profundo. As palavras certas na hora certa.
Fogem-me, no entanto, as palavras certas para te agradecer. Acredite: tocou-me profundamente, isto que acabo de ler.
Nos-sa!!!
Estou emocionada.
É isso.
É tudo.

Muito grata.

Anônimo disse...

Muito feliz, e oportuna, a lembrança da Custódia em trazer para aqui o texto do MST em homenagem à sua mãe. Não ouso acrescentar mais nada com receio de estragar o encanto do momento. Bjos e um feliz domingo!

Suzi disse...

;o)



(mas você não conseguiria; suas palavras são sempre tão apropriadas!)

Custódia C. disse...

Suzi
Também me emocionei quando li pela primeira vez aquele texto. Gostei tanto que guardei. Não faz passar a dor, mas ajuda a suportá-la melhor...

Suzi disse...

Você tem razão, Custódia.
Mais uma vez eu agradeço o presente.
;o)

Éverton Vidal Azevedo disse...

Realmente linda! Valeu a pena ter vindo aqui assistir!

Suzi disse...

;O)

Anônimo disse...

Olá! Me chamo Kelly!
A música é linda realmente!!
Gostaria da partitura, vc pode colocar, por favor?
Bjus

Suzi disse...

O tempo passou, eu não coloquei a partitura...
Vou cuidar disso, tá, Kelly?