terça-feira, 29 de dezembro de 2009

Contagem regressiva

Eu diria que o ano acabou, pra mim, já faz um bom tempo. Mas o calendário não me acompanhou... De lá pra cá, anseio 2010 como quem deseja um oásis, no meio do deserto. Espero por novos tempos como quem imagina seus próximos dias depois de um transplante de coração. Aguardo o que se chama de "Ano Novo" como quem se encontra na gare, esperando o trem das onze.

Avidez. Sofreguidão. Sede.

A noite do dia 31 será para mim apenas a formalidade da "virada". O ano já me acabou. Ops! "O ano já acabou". Corrijo. E confesso que não tenho sabido, exatamente, o que fazer nesse meio-tempo, entre o final de 2009 e o recomeço, aquele dia em que todos os calendários estarão marcando "01 de janeiro de 2010"...

Não há mágica mas há magia. Muito embora o último dia do ano, na sua essência, nada tenha de diferente do dia que virá a seguir, certo é que uma sensação invulgar toma conta das gentes. Todos sabem que nada vai mudar num passe de mágica, mas existe a magia do "novo", do recomeço; é quando começamos a por em prática os planos novos, as resoluções, os projetos para as diversas áreas da vida.
Essa magia nos move!

Eu sou uma otimista inveterada. E embora esteja aqui, sem saber em que momento me encontro, depois de um final antecipado de 2009, estou na contagem regressiva. E uma coisa levarei comigo: a certeza de que as portas de entrada da nossa vida são meras passagens; podemos ou não dar acesso, aos que por ela passarem, a todas as demais dependências da casa; mas a porta de saída não se pode trancar. Somos livres. Livres. Para entrar e sair. Para estar, demorar ou apressar a partida. Somos livres. Todos nós somos livres - entenda! -, por mais que isso possa doer quando não se trata da sua liberdade.

Feliz 2010! Com saúde, sabedoria, e portas abertas!

I Have a Dream
"I have a dream, a song to sing
To help me cope with anything
If you see the wonder of a fairy tale
You can take the future even if you fail
I believe in angels
Something good in everything I see
I believe in angels
When I know the time is right for me
I'll cross the stream - I have a dream

I have a dream, a fantasy
To help me through reality
And my destination makes it worth the while
Pushing through the darkness still another mile

I believe in angels
Something good in everything I see
I believe in angels
When I know the time is right for me
I'll cross the stream - I have a dream
I'll cross the stream - I have a dream

I have a dream, a song to sing
To help me cope with anything
If you see the wonder of a fairy tale
You can take the future even if you fail

I believe in angels
Something good in everything I see
I believe in angels
When I know the time is right for me
I'll cross the stream - I have a dream
I'll cross the stream - I have a dream."


quinta-feira, 24 de dezembro de 2009

Véspera de Natal

Você olha da janela, vai à banca de jornal, passa pelo supermercado... e sabe o que se percebe?
As pessoas estão correndo tanto, nesta véspera de Natal, que mais parecem perus fugindo da mesa... Os homens, claro. Porque as mulheres... nem parecem peruas!

terça-feira, 22 de dezembro de 2009

Um post sem imagem para ilustrar...

“Já ancorado na Antártica, ouvi ruídos que pareciam de fritura.
Pensei: será que até aqui existem chineses fritando pastéis?
Eram cristais de água doce congelada que faziam aquele som quando entravam em contato com a água salgada. O efeito visual era belíssimo.
Pensei em fotografar, mas falei para mim mesmo:
- ‘Calma, você terá muito tempo para isso...’
Nos 367 dias que se seguiram, o fenômeno não se repetiu. Algumas oportunidades são únicas”.
Amyr Klink

Há dois dias estou tentando organizar meu escritório, em casa. Incrível como ao longo dos meses vamos acumulando correspondências comerciais desnecessárias, papeis de rascunho, bilhetes para a secretária, papeluchos com números de telefone sem nome... São muitas árvores!
No meio disso tudo, sempre encontro uma foto que me traz lembranças, um bilhetinho que não tenho coragem de jogar fora, ingressos...

O texto que acabo de transcrever me acompanha desde a casa antiga. Ficava exposto num quadro de avisos que eu mantinha no meu quarto. Logo abaixo a gente lê: "Só existem dois dias no ano em que nada pode ser feito. Um se chama ONTEM e o outro AMANHÃ. portanto, HOJE é o dia certo para AMAR, ACREDITAR, FAZER e, principalmente, VIVER."

Hoje, aquele pedacinho de papel já amarelado iria embora, na sacola do lixo. Achando que já aprendi a lição, cheguei a pensar: já posso me desfazer disso, guardando a ideia na mente. Mas lembrei que nós, humanos, somos muito fracos de mente. Temos uma tendência incrível ao esquecimento. Uma forte inclinação ao desânimo e ao adiamento... Basta que pequenas coisas comecem a dar errado. Basta que as coisas que julgamos importantes e grandiosas não aconteçam do modo como gostaríamos que ocorressem... Por via das dúvidas, vou manter à vista o papel amarelado.

segunda-feira, 21 de dezembro de 2009

"Incredible is nothing!"

Não é crível... Mas na linha do "nothing's hit", eu diria: "Incredible is nothing!"

E não é que, enquanto o Flamengo lança a camisa do HEXACAMPEONATO, onde se lê HEXA NA RAÇA, o Fluminense resolve fazer uma "camisa comemorativa do não-rebaixamento"?
Não! Isto não é piada de rubro-negro.

O único time do Rio que deveria guardar com orgulho o ano de 2009 na memória é o FLAMENGO, hexacampeão.
Vasco, que levou o título da 2ª divisão do campeonato brasileiro deveria ficar quietinho, esquecer isso, fingir que 2009 nem existiu.
Flu e Botafogo têm, igualmente, motivos de sobra pra enterrar 2009 no fundo do poço - fundo do poço: o lugar em que eles passaram a maior parte do campeonato deste ano.

Mas aí vem o Fluminense, o mais fundo do poço dos dois, e esfrega na cara dos seus pobres torcedores a humilhação de ter de comemorar o fato de não ter caído pra segundona. E estampando isso numa camisa oficial!! Pra ninguém esquecer!

Fala sério! Ou eu não entendo mais nada de futebol, ou o mundo da bola virou de cabeça pra baixo!

Como diria o Bóris Casoy... Está provado: "Isto é uma vergonha!"

domingo, 20 de dezembro de 2009

P.S. I Love You - não é um texto curto, mas eu preciso falar tudo - ou quase tudo...

Era um sábado desses, à noite. Já faz alguns poucos meses que meus finais de semana são apenas aqueles dois dias depois das quintas e sextas. Não reclamo. A vida é cíclica. O que ontem era rotina hoje já não existe e não nos cabe lamentar ou discutir se éramos mais ou menos felizes que agora. De certa forma eu me adaptei a contentar-me com um sábado feliz durante o dia - manhã e tarde, em atividades que incluíam meus adolescentes na igreja, a família pela hora do almoço, amigos e canções à tarde; e à noite passei a divertir-me com atividades alternativas. Não posso queixar-me; fui privilegiada, por exemplo, por encontrar V., uma criatura que me parece, até hoje, um misto de anjo e homem. Mas isso é outro papo...

Como já disse alhures (e eu só usei esta palavra porque, de verdade, acho um charme escrever alhures), era uma noite de sábado. Já há algum tempo eu queria ver esse filme. Queria porque me indicaram. Queria porque, afinal, o "Danny" aparecia, de repente, do jeito que a gente imaginou e nunca pode ver em Grey's Anatomy. Queria porque no dia em que eu comentei, aqui, a galera (e a malta) toda disse que era um filme pra se ver com caixinha de lenços de papel ao lado, um filme incrível, e tals.

A saga pra conseguir o DVD atravessou o Oceano Atlântico.
Brasil e Portugal.
Cópias esgotadas.
Até que ela, do jeito mais carinhoso que você possa imaginar, me fez chegar às mãos o filme.


Era um sábado à noite. De certa forma, reuniram-se comigo M., V., R., S., W., L., E., I., e todos aqueles que de alguma forma, mais ou menos demorada, passaram ou tentaram passar pela minha vida.
A cena e o bilhete sobre o casaco arrancaram soluços, de mim. O carinho do Danny (neste filme, eu sei, o nome dele é Billy) me deixaram comovida, e por mais que o título possa fazer qualquer um suspeitar que se trata de uma película "mulherzinha", é bem no começo, já, que se percebe ser um filme que mexe com os sentimentos mais profundos que você carrega dentro de si mesmo...

"...Talvez um dia isso aconteça..." São quase as últimas palavras do filme. São as primeiras palavras que eu repito, para mim mesma, a cada manhã...

sábado, 19 de dezembro de 2009

Feliz Sábado!!

"Cada um sabe a alegria e a dor que traz no coração..."


E sem que se esqueça... Hoje é sábado!

quarta-feira, 16 de dezembro de 2009

Seis de dezembro de 2009 - o dia que não acabou

Há alguns anos, num dia seis de dezembro, numa família já formada por quatro pessoas, nascia uma garotinha. Num sorteio, seu nome foi escolhido. Ideia de um dos irmãos. Apesar de gostar demais do nome que lhe deram, sua gratidão, mesmo, vai pra quem fez o sorteio, considerando que havia, em algum papelzinho, por lá, uma outra proposta: "Dinorah" - o "h" é por minha conta, pra garantir, ao menos, um certo charme, mas estou certa de ele não existia, na sugestão. Se saísse o "Débora", que, dizem, também estava lá, eu até aceitaria numa boa, mas Dinorah não era, exatamente, a minha ideia de nome pra mim, embora tenha um significado lindo e origem hebraica; e posto que, é bem verdade, naquele momento eu nem pudesse ter ideias para então poder dizer que não era essa a minha ideia de nome.

Desde criança, algumas coisas ficaram bem claras, naquela família, como por exemplo: os irmãos devem se amar, precisam se defender mutuamente, nunca devem dormir brigados, e devem ajudar uns aos outros; todos têm responsabilidades, em casa; lavar, passar, cozinhar, fazer a cama, arrumar a casa, são tarefas de todos e não apenas de menina; somos pobres mas somos limpinhos (e isso incluía nunca usar calcinha, cueca ou meias rasgadas); somos ricos da graça de Deus; pais devem ser respeitados; estudar é fundamental; e futebol é FLAMENGO.

Dos três filhos, admito, quem levou essa última lição mais a sério fui eu. Meu irmão é FLAMENGO, seus filhos (muito mais por influência das tias de ambos os lados da família) são FLAMENGO, todos têm sua camisa oficial, mas confesso que eu ainda levo aquela lição um pouco mais a sério que meus dois irmãos, muito embora a disputa não inclua minha irmãzinha, que é meio desobrigada nos assuntos de futebol - como se não soubesse que todos nascem FLAMENGO e, "uma vez FLAMENGO, FLAMENGO até morrer"... Por fora, pros outros, ela diz que não tem time. A gente deixa. Uma coisa é não gostar de futebol. Outra, bem diferente, é não ter um time. Ela tem um time. Mas não espalha... Ela apenas ri, com um certo ar de quem é desprendido nesses temas futebolísticos.

O ano, agora, é 2009.
Já fazia dezessete que o FLAMENGO, campeão do mundo, não levantava a taça brasileira. Flamengo de Zico, Andrade, Adílio, Leandro, Raul, Mozer, Junior, Tita, Nunes, Carpeggiani... Um time de futebol, de alegrias, de estrelas, de ídolos, de vitórias e conquistas. Campeão de terra e mar, o Clube de Regatas do Flamengo! Um time, para ser grande, não precisa, necessariamente de títulos, mas o Flamengo sempre teve na sua grandeza um misto de taças, títulos, ídolos, e torcedores apaixonados no mundo inteiro...

2009. Um time que começou timidamente, o campeonato. Fez algumas boas exibições mas sofreu tanto com a ausência de seus titulares! - fosse por suspensões automáticas decorrentes de cartões amarelos, fosse por problemas físicos ou por faltas sofridas em campo que afastavam por meses os jogadores -, e foi obrigado a jogar diversas rodadas com reservas sacados da equipe de juniores, meninos ainda em treinamento, misturados a apenas dois ou três titulares em campo... Mas quando Pet e Adriano estavam por lá, comandavam um show à parte.

A pressão na garotada foi ficando forte, inclusive porque ninguém quer saber se são crianças do infantil, do juvenil, ou atletas da equipe de "masters"... se estão em campo, é o FLAMENGO. E a camisa, aquele "manto sagrado" há que fazer a diferença. Enquanto os problemas físicos dos titulares não se resolviam, o Mengão ía administrando aquela parte intermediária da tabela de classificação; mas isso, nós sabíamos, era muito pouco.
A equipe foi se recompondo aos poucos e se mostrando madura, equilibrada, centrada, confiante e determinada. Sempre de chuteiras, não havia salto alto. E o Andrade, você sabe...

Andrade, o técnico que calçou as "sandalinhas da humildade" o tempo inteiro, era apenas um "auxiliar" (já há uns seis anos), que passou a "interino" após a dispensa do Cuca, e que um dia, ainda em momento anterior à decolagem do Flamengo, terminou sendo efetivado. Um técnico que fez toda a diferença. Mas isto daria um outro post...

E a equipe que veio numa ascensão incrível, comendo pelas beiradas, mantinha os pés no chão e buscava "apenas" uma vaga para disputar a "Libertadores da América" em 2010...

E como resultado de um trabalho sério, na penúltima rodada "do mais emocionante campeonato brasileiro na era dos pontos corridos", lá estávamos nós, ocupando a primeira posição.
Deixando pra trás o Palmeiras, que se manteve na cabeça por diversas rodadas seguidas, alardeando do Oiapoque ao Chuí que o Brasileirão de 2009 já tinha campeão, deixando pra trás São Paulo, Inter, Cruzeiro, Atlético... levantando poeira, o Flamengo chegava lá.

Não é bobagem, quando se diz que "se deixarem o Flamengo chegar... já era!"
O que se quer dizer com isso, pra quem ainda não entendeu, é que é preciso segurar o Flamengo o mais cedo possível. Se são pontos corridos, é preciso marcar em cima desde o comecinho; se é mata-mata, segurem ali pelas oitavas-de-final, no máximo... porque se não fizerem isso, e o Flamengo for chegando... Ah, minha gente... já era. Quando ele chega numa final... Dá nisso. Ninguém segura mais.
No Campeonato Brasileiro, o Mengão tem SEIS títulos de campeão. Nenhum de vice-campeão. Copiou?

Pois é.
Agora era o dia seis de dezembro de 2009. A festa havia começado de manhã. O aniversário daquela criança que levou a sério a lição que o papai ensinou não poderia ser mais emocionante. A última rodada do campeonato não poderia cair num dia mais perfeitinho. Tudo combinado. E embora "tenham esquecido de combinar com os russos"**, vencemos por 2x1 contra um Grêmio que não tinha nada a ganhar ou perder, e para quem, empatar ou ganhar significaria o título para o arquirrival (o Inter - uma espécie de rivalidade como a existente entre Vasco e Flamengo, lá no Sul do país), mas que jogou toda a bola que sabia, num campeonato em que ficou marcado por só ter ganho uma partida fora de casa. Levantamos a taça, com dois gols de zagueiros, e uma torcida em delírio no mundo inteiro. Sim, no mundo inteiro!
Acredite! O mundo é sinixxxxxtramente rubro-negro!

Em casa, ficaram: a TV, ligada, e meus sapatinhos do Imperador. Tudo como nas últimas rodadas, pra não mexer em time que está ganhando...
Na casa da mamãe e do papai, a família reunida, com direito a manto sagrado, óculos de sol nas cores do time do coração, faixa de campeão já preparada, Hino do Flamengo tocando (até então "apenas penta"), fotos, alegria, clima de festa e cheiro de Hexa no ar.


Começa o jogo. Maracanã lotado. Uma festa, daquelas que só a maior torcida do Brasil sabe fazer...
Mas lá estavam "os russos"... E eles meteram o primeiro gol.

Intervalo de jogo, a caravana segue, porque é hora de encontrar os amigos. A essa altura, o jogo estava empatado e isto significava um inédito vice-campeonato que não nos interessava. David havia garantido, ao menos, uma ida para o vestiário sem o amargo gosto do 1x0. Mas ainda era um vice-campeonato... Meu pai, então, do alto de sua sabedoria rubro-negra, me segreda ao ouvido:
- Filha, você chegou aqui campeã. Está saindo sem o título. Mas vai voltar campeã!
Saí.

Agonia, pelo caminho. Chego ao destino. Estaciono. A festa mais uma vez é um misto de aniversário com campeonato brasileiro. Passam-se dois minutos... É!!! Lá vem o cabeça!! Ronaldo Angelim. O cara. 2x1.

A gente respira. Não exatamente aliviado. Muita emoção. Coração na boca. E na chuteira dos caras, em campo. Adrenalina.

O árbitro apita o final da partida. Endorfina.
Eu pego o telefone e no meio daquela emoção toda, disparo:
- Pai!!!! É o HEXA!!!! Vou voltar campeã!! Eu sabia!! Se eu não pudesse confiar no meu pai, iria confiar em mais quem, nesse mundo???


Daí em diante, só alegria.
Ligações feitas e recebidas. Cumprimentos de FELIZ ANIVERSÁRIO que se misturavam aos de HEXACAMPEÃ. Ligação do Rio, São Paulo, Oshawa/CA.

Era o dia seis de dezembro de 2009.
A festa começou de manhã. Emendou com a tarde, varou a noite e entrou pela madrugada. Seguiu-se pela segunda-feira, a semana inteira... atravessa o mês... não para, não para, não para...

Seis de dezembro de 2009. O dia que não acabou!




P.S.
Eu pedi, de aniversário, pro Flamengo, o HEXACAMPEONATO. Ele me deu.
Pois é... deu confiança, já era. Ano que vem, vou pedir o Mundial Interclubes. E aí, mermão, vamos bordar outra estrelinha dourada...
Pai, pode pegar esse título de aniversário também! Dá pra dividir!!


** Na Copa do Mundo de 1958 o técnico da Seleção Brasileira, Vicente Feola, disse aos jogadores, na preleção para o jogo contra a então União Soviética, que bastava fazer a bola chegar aos pés do Garrincha que ele garantiria a vitória. E aí Mané Garrincha mandou na lata: “Seu Feola, já combinou isso com os russos?”

segunda-feira, 7 de dezembro de 2009

Eu volto, com calma, pros registros do HEXA

Ressaca não-alcoólica. Overdose de endorfina. Hexatensão na veia. Preciso dormir um pouco. O sono dos justos, e campeões. Eu volto com calma, para os registros do HEXA. Você não perde por esperar!

domingo, 6 de dezembro de 2009

Seis de dezembro, que dia mais feliz!!

Acordar cedo (dez pras nove), praticamente de madrugada, num domingo de manhã, e já começar o dia derramando lágrimas de emoção, sentindo uma coisa boa por dentro é mesmo algo muito especial, que garante alegria para o ano inteiro...

Eu hoje madruguei desse jeito...
Pois quando amanheci, li umas letrinhas que fizeram cair aguinha do meus olhos. Aqui em casa, sempre foi assim: eu era a menina sapeca, tagarela, a caçulinha, e meus irmãos eram a parte séria da família. Músicos desde criancinhas, eu os admirava (tanto!) por isso. Os dois eram quietinhos e quando falavam sempre impressionavam, pela lucidez, pela fluência, pelo controle das emoções. Eu era a gaiata. Havia um equilíbrio perfeito, e eles sempre foram, como até hoje são, objeto da minha admiração...

Embora explorassem meu medo de baratas a minha infância inteirinha, eram também meus protetores. Cuidavam da irmãzinha pequenininha e sempre foram amorosos comigo. Meu irmão sempre me fez rir, em casa. Sua gargalhada, conhecida apenas dos mais próximos, é algo maravilhoso de ouvir. Chora de rir com algumas histórias que ouve e que conta, e eu sinto realmente muita falta dele perto de mim (física e geograficamente falando). Foi sábio, quando me incentivou e advertiu quando eu decidi morar sozinha, lembrando-me, inclusive, da questão das baratas e da independência, que não podia ser seletiva... Minha irmã, aparentando ainda mais seriedade, sempre foi muito quieta, econômica nas palavras (até pouco tempo atrás ainda era assim...) mas sempre foi também aquela que abriu os caminhos, em termos "comportamentais", sempre falou muito com o olhar e tornou-se a primeira Mestra, da família... Foi uma irmã de vanguarda, eu diria, como são as primogênitas. Meus irmãos abriram todos os caminhos. Foram modelos, pra mim. Tremendamente observadores, aprendi a ser do jeitinho deles, falando baixinho nos momentos em que a vontade é de gritar. São Mestres, minha irmã é Doutoranda, meu irmão é referência, ambos tocam piano maravilhosamente bem, são da paz, e são meus irmãos. E eu vou tentando trilhar os mesmos passos, pra quando crescer ser gente grande que nem eles...
Eu fui mesmo muito abençoada, nascendo nesta família...

E então acontece que hoje de manhã eu acordo e vem a surpresa... Eu amanheço e me deparo com um texto lindo, que me fez lembrar da infância (eu adoro lembranças da infância...) e fez cair lágrimas dos meus pequenos olhos castanhos... Eu preciso dividir com vocês, porque, simplesmente, foi lindo!



Quando criança, ouvia e via algumas amigas falando de um tal de aniversário de boneca. Organizavam esse evento, arrumavam o ambiente como se fosse para o aniversário de "gente" e comemoravam o aniversário de suas bonecas.

Eu nasci numa família onde ganhar 1(uma) boneca por ano, no Natal era A FESTA. Assim, nunca pude participar daquelas festas, porque também, aquelas meninas não estavam no meu círculo de relacionamento.

Mas... DEUS sabe de todos os nossos sonhos e me presenteou - PARA A VIDA INTEIRA - com uma boneca viva, humana, inteligente, bonita, irmã. Posso comemorar todo ano o aniversário dessa boneca, mesmo não sendo mais criança. Posso admirá-la não como ela estaria a vida toda, se fosse uma boneca inanimada. Mas compartilho do seu crescimento em todos os aspectos e celebro a vida, junto a ela.

Parabéns, Suzi. Te amo.




E agora eu estou de saída, simplesmente porque ela organizou uma festa pra boneca. Um "brunch" do jeitinho que só ela sabe fazer, na casa da mamãe, me permitindo acordar depois das nove e chegar só pra curtir...
Família... Ai, minha querida família... Vocês são tudo, em qualquer lugar do mundo. Sempre perto de mim, no meu coração...
Valeu, Deus!

sábado, 5 de dezembro de 2009

Feliz Sábado!!

Muito daquilo que a gente chama "defeito" é apenas "diferença".
Deixe de lado qualquer coisa que afaste você de alguém, abrace quem está ao seu lado, traga pra perto quem está longe, e tenhamos todos um FELIZ SÁBADO!!


quinta-feira, 3 de dezembro de 2009

Reflexões no começo de mais um dia de trabalho

No meu trabalho, minhas palavras são escritas para traduzir o pensamento de outra pessoa. Eu preciso saber de antemão ou intuir o que o outro pensa a respeito de qualquer assunto (justrabalhista) que me chegue às mãos, e escrever como se fosse o próprio. Preciso fazer isso com tamanha perfeição e grau de convencimento, porque, em alguns casos, o outro, sequer, já ponderou sobre o tema, e é preciso que ele, ao ler, chegue a pensar que aquilo tudo saiu da sua própria cabecinha.

Preciso confundir os meus pensamentos com o dele, durante o tempo em que estou redigindo os textos, de modo que eu escreva exatamente aquilo que ele escreveria se estivesse ali, fazendo o meu trabalho, que, na verdade, é o dele. É como pensar com a mente do outro.
E algumas vezes é difícil, quando eu penso diferente... de um jeito diametralmente contrário ao dele; ainda assim eu preciso defender o posicionamento dele como se eu visse mesmo as coisas do modo como ele vê. Nesses casos, como eu costumo dizer, é preciso abraçar a ideia, vestir a camisa e defender com a alma aquilo que ele quer.

Algumas vezes separo um tempo para discutir a divergência. Ele me ouve. Às vezes mantém a mesma posição, outras vezes concorda com a minha tese. Mas eu sei: a palavra final é sempre a dele, e eu escrevo bonito o que ficar decidido (por ele, é claro).

Já percebi que quanto melhor eu traduzo os seus entendimentos, mais satisfatório é o resultado do meu trabalho, embora muitas vezes eu quisesse escrever tudo diferente. E não adianta reclamar... O dono do boteco é ele.

Nossa relação com o Chefe é assim também. Nossa vida deve ser escrita por nós mesmos. E tanto podemos escrever do nosso próprio jeito, com nossa própria maneira de entender as coisas, como podemos escrever, com nossas próprias palavras, as ideias, os planos e os sonhos dEle...

Discutir com Deus aspectos da nossa vida com os quais não concordamos, faz parte do processo. Insistir em fazer tudo do nosso modo, ou admitir que Ele é o dono da parada e aceitar que a palavra final é a dEle, são as opções que temos.

Dá mais certo quando a história da nossa vida é a tradução dos entendimentos dEle. É mais satisfatório, o resultado do trabalho, embora muitas vezes se queira escrever tudo diferente. Simplesmente porque, na vida, o dono do boteco é Ele.

Curiosamente, nos conformamos quando perdemos uma discussão jurídica, ou, no caso do seu trabalho, qualquer outra discussão, com a Chefia. Ficamos meio insatisfeitos, porque sempre achamos que nosso modo de encarar as coisas é o mais genial, ou mesmo porque pensamos que é o mais acertado, para o caso. Mas nos conformamos. Assimilamos a ideia do chefe e seguimos adiante - algumas vezes apenas para preservar nosso emprego... Outras vezes porque aprendemos a ser humildes. Mas por que nos recusamos a fazer as coisas de um jeito diferente do nosso, quando se trata da nossa própria vida??

Estou começando mais um dia de trabalho. É mais um dia da minha vida, também.
Hora de escrever...

quarta-feira, 2 de dezembro de 2009

É você, Lombaaaardi!!

Na minha infância, a gente não era viciado na Globo, a emissora de tv que diversas famílias reverenciavam com uma exclusividade assustadora. Lembro que na casa de algumas amigas minhas as pessoas acordavam e íam direto ligar a tv que SEMPRE estava sintonizada na Globo (sintonizado a gente só usa pra rádio?? não sei, mas você entendeu o que eu quis dizer). E lá nessas casas a tv ficava ligada o dia inteiro. Na Globo. Sempre achei estranho. E dizia pra mim mesma: "Eu, hein!"

Na minha casa nunca foi assim. Meus pais selecionavam os programas e acho que desde cedo eu aprendi acerca da variedade, do ecletismo... indiretamente, aprendemos sobre escravidão e manipulação. Víamos Sítio do Pica-pau Amarelo, que passava na Globo e na TV Educativa, víamos na Globo o Fantástico - às vezes, quando não estávamos na igreja, porque o horário batia. Mas víamos Fantástico, na época em que o programa realmente apresentava coisas fantásticas - "Da idade da pedra, ao homem de plástico, o show da vida..." Víamos "O meu pé de laranja lima", na TV Bandeirantes - hoje tão íntima de todos, a "Band". "Éramos seis"... Víamos a programação da TV Tupi, a TV Manchete... E víamos o Programa Sílvio Santos.

Minha infância foi cheia de "Domingo no Parque", "Boa Noite, Cinderela", Show de calouros. Lembro das brincadeiras dos programas: "você troca um jogo de bolas de gude por uma bicicleta?" "SIIIIIIIM". Ou, quando o menino dava a maior bobeira, tadinho... "NAAAAÃO!!!!"
E em todos os intervalos, quem estava lá???

Pois é, "É com você, Lombaaaardi!"

E vinha aquela voz incrível, falando do tênis Montreal, antimicrobiel, "porque você é jovem"...

Era uma voz misteriosa e todos nós morríamos de curiosidade de saber quem era o Lombardi. Algumas pessoas apostavam que era o próprio Sílvio, quem gravava. Mas seria muito bem feito, porque "parecia ao vivo!"

Ninguém encontrava fotos do Lombardi, por aí. Isso aumentava o mistério e não havia o Google Images pra estragar a brincadeira, nem "paparazzis" pra acabar com o suspense.

Hoje, aqui em meio ao trabalho, abro a página dos noticiários e me deparo com a notícia: "Morre Lombardi, o famoso locutor do programa Sílvio Santos".
Acabou.
Que pena...

É estranho, mas parece que um pouco da criança que ainda guardo dentro de mim ficou de luto. A sensação é de que sua infância se perdeu mais um pouquinho de você...
Que pena...

terça-feira, 1 de dezembro de 2009

Algum artista de rua já fez sua foto em grafite?

segunda-feira, 30 de novembro de 2009

Escudo provisório do Grêmio, by KIBELOCO

Enquanto Andrade e a equipe continuam calçando as sandalinhas da humildade, eu vou seguindo com meus Sapatinhos do Imperador, porque tem dado certo.
Meu peep toe vermelhinho e preto tem lugar cativo, na sala, enquanto o Flamengo está em campo. Supersticiosa, eu?? Que isso... Mas se o sapatinho gostou de ficar ali, deixa ele, ora!

domingo, 29 de novembro de 2009

Sua empregada fala inglês?

Clique AQUI

sábado, 28 de novembro de 2009

Feliz Sábado!!


Não é porque está nublado lá fora que você vai sair por aí carregando sua nuvenzinha cinzenta particular sobre a sua própria cabeça...
Mande embora o mau humor, aquela pontinha de tristeza, toda a insatisfação, o sentimento de perda, a sensação de desgraça!
Hoje é sábado.
Dia de ser feliz! E de contagiar quem está perto de você com a mesma felicidade!

sexta-feira, 27 de novembro de 2009

Parabéns, Prefeitinho

Há pelo menos umas três semanas eu venho me repetindo insistentemente naquele tema do lixo na rua e nas praias. Pois me parece que algum "olheiro" (seria "orelheiro"?) do Prefeito me ouviu e bateu pra ele...
Quarta-feira o Prefeito da cidade anunciou exatamente a ideia que eu defendo: num final-de-semana desses (de surpresa, claro), ele vai suspender o trabalho dos garis nas praias do Rio.

Embora eu ache que deveria acontecer num sábado, porque na segunda-feira pouca gente verá o estrago, ele prometeu a façanha para um domingo .

Disse que vai fazer o mesmo na Av. Rio Branco, e vai lançar o "lixômetro" (desculpem, mas essa ideia não foi minha... rs). Com o "aparelho", pretende medir quinzenal ou mensalmente a quantidade de lixo produzido por cada bairro da cidade.

São medidas de impacto e contam com a minha aprovação como cidadã carioca, e embora eu não tenha muita ideia de como vai funcionar esse lance de "lixômetro", o nomezinho é até divertido.

Mas o que eu adorei mesmo foi quando ele falou com todas as letras, sem papas na língua: "As pessoas têm que ser menos porcas e parar de jogar coisas na areia". Isso mesmo, Prefeito! Meteu bronca, chamou de falta de educação, de higiene e de respeito, chamou de porco meeeeesmo. E ninguém teve coragem de rebater. Porque é isso aí!

Eu não pensei que diria... mas lá vai: Parabéns, Prefeitinho!

quarta-feira, 25 de novembro de 2009

Once you are Flamengo, Flamengo eternally!!

Vocês sabem que eu não costumo colocar vídeos, aqui.
Mas hoje o Ancelmo Gois deu a dica, eu fui lá ver e é contagiante! Muito legal mesmo.
Merece!

"A big hug to all the Red'N'Black Nation"

terça-feira, 24 de novembro de 2009

Manual de instruções

Escreve a lápis o que pensas de mim sem ternura... mantém a borracha por perto. Usa a tinta quando anotares as coisas de amor, que o papel amarelado pelo tempo ainda te fará recordar daquilo que um dia te fez brilhar os olhos às escâncaras. Respira fundo a cada palavra gravada nas folhas. Reúne. Repensa. Rabisca. Apaga. Torna a escrever. Lê. Relê. Depois amassa o que escreveste a lápis. Despreza. Dobra em quatro o papel de anotações a caneta. Guarda num canto da gaveta, dentro de um livro azul. Página 16, lado esquerdo. Prende com clipe. E então fecha-o. Serão memórias eternas... E numa tarde quente, de um sábado de primavera, haverás de abrir o libreto. Encontrarás ali memórias de um tempo ido, que deixaste escorrer pelas mãos, um destino que recusaste, te esquivando furtivamente. E remoerás o passado. Como se fosse teu único ofício.

segunda-feira, 23 de novembro de 2009

Mario Quintana, pra variar, na segunda

SEGUNDA
O pior da segunda-feira é que a gente sempre chega atrasado. "Meu Deus! como é que eu fui perder a primeira feira?!"

Mario Quintana in "Da Preguiça como Método de Trabalho"
Poesia Completa, p.731

domingo, 22 de novembro de 2009

Para embalar seus sonhos de domingo

Ou...
Da série "Eu vou sonhar com essa p... (...orcaria) esta noite!"

Clique AQUI e bom domingo. Se puder, é claro!
E se já tiver estragado o domingo inteiro mesmo, aproveite para ver a entrevista.

sábado, 21 de novembro de 2009

Feliz Sábado!!

a foto é dela
"Toda vez que for assoviar
A cor do trem
É da cor que alguém fizer
E você sonhar..."

Como diria Oswaldo Montenegro, metade de mim é o que ouço, mas a outra metade é o que calo.

quinta-feira, 19 de novembro de 2009

Procurando uma coisa, achei outra...

...e terminei me emocionando com um texto de quase quatrocentos dias atrás...
Com licença, eu vou ali tirar um cisco que deve ter caído nos meus olhos.

Cá entre nós...

Confesso que transitar livremente entre 21 e 51, com desenvoltura e "causando", é uma sensação deveras agradável...

quarta-feira, 18 de novembro de 2009

Pra fechar a noite...

"Você pode desconfiar de uma admiração, mas não de um ódio. O ódio é sempre sincero."
(Millôr Fernandes, hoje)

Boas notícias

Há cerca de três anos, mais ou menos, venho acumulando o meu trabalho com o de pelo menos mais uma pessoa. Já cansei de falar isso, aqui.
Não que eu seja suficientemente "Alice", para acreditar em tudo o que ouvi hoje, mas confesso que as boas notícias que recebi pela manhã realmente apontam para um 2010 incrível!
São previsões, e apenas uma certeza. Mas foi um alimento, para a minha alma profissional. E entre um sorrisinho e outro, a minha alma fidalgota começa a se criar!

terça-feira, 17 de novembro de 2009

Dia do Fla

17 de novembro.
Como se uma imagem não valesse mais que mil palavras, deixo com vocês um dos mais belos textos que falam da alegria de ser rubro-negro...

segunda-feira, 16 de novembro de 2009

Praia, sol, futebol, chuva, mortes e o lixo...

Final de semana de sol, praia e futebol. Praia incrivelmente deliciosa, com mar de águas transparentes e calmas, de temperatura agradável e céu azul. Futebol de primeira, que só confirma a maravilhosa fase do Flamengo, com uma equipe unida, vencedora, que não depende exclusivamente de um jogador e que consegue se arrumar em campo com um futebol bonito de se ver e de resultados, mesmo quando está desfalcada de um ou mais jogadores - provamos isso nos jogos em que Adriano esteve na seleção; nos jogos em que Pet ficou de fora; no de ontem, sem Juan, sem Maldonado e sem Fierro...

E o coração, a emoção, o peso do "manto sagrado" dominam o Brasil inteiro... A maior torcida do Brasil, de norte a sul, está em polvorosa. Uma equipe que nunca foi vice-campeã só confirma a lendária sina: "se deixarem o Flamengo chegar... Não tem pra ninguém..."

Estávamos lá, quietinhos, passando por seriíssimos problemas, com desfalques por suspensões, contusões... mas os favoritos foram dando mole, deixando o Flamengo chegar... E estamos nós, aqui, na cola do líder. Sem euforia (só a da torcida, que, vamos combinar, é difícil de controlar...), temos ainda três jogos pela frente. E ainda bem que temos Andrade - o técnico que calça as sandalinhas da humildade!

À noite, a chuva caiu tímida por uns vinte minutos. Cheguei a abrir portas e janelas da casa, pra sentir o cheiro de terra molhada invadindo tudo, e sentei na sala, sem fazer nada, apenas para ouvir o barulhinho bom. Meia hora depois, a chuva já se tornava intensa, e o resultado aparece no noticiário da manhã: deslizamentos de terra em estradas, mortes, a Baixada Fluminense inundada...

Não se pode continuar atribuindo à Natureza aquilo que decorre da falta de cuidado dos homens e ao desinteresse dos políticos... O vergonhoso mau hábito que existe por aqui, de jogar lixo na rua, não apenas reflete a falta de educação do nosso povo, mas se reflete na desgraça das inundações. Onde está a escola, onde estão as famílias, para ensinar isso? Onde estão os políticos, os governantes, que não se tocam???

Ontem, antes de sair da praia, enchi meu saquinho de lixo com lixo dos outros, porque deve fazer cair a mão deles, levar o lixo até a lixeirinha da Comlurb... Isso é uma coisa que me incomoda muito. Lixo no chão. Eu jogo o meu na lixeira, ou guardo na bolsa, cato o dos outros, falo com quem joga no chão, falo mesmo, e embora uma andorinha só não faça verão... estou, incansavelmente, fazendo a minha parte, todos os dias.

Onde estão as campanhas de conscientização?? Se fazem passar pelo céu da praia aviõezinhos saudando time de futebol que saiu da segunda divisão, por que não passam também com uma faixinha onde se possa ler: "Mantenha a praia limpa. Não deixe lixo na areia!" ??
Não me digam que não haverá patrocinadores... O que não há é iniciativa. É o desinteresse dos políticos... Isso não dá voto.



sábado, 14 de novembro de 2009

Feliz Sábado!!


"No mais, tudo é menor. O socialismo, a astrofísica, a especulação imobiliária, a ioga, todo ascetismo da ioga... tudo é menor. O homem só tem duas missões importantes: amar e escrever à máquina. Escrever com dois dedos e amar com a vida inteira."
(Antônio Maria, em 27.01.1963)

"Café com Leite" - excerto
Crônicas de Antônio Maria, Ed. Paz e Terra, p.60.

sexta-feira, 13 de novembro de 2009

Decifrando o enigma

Se você ainda não tentou decifrar o enigma da praia, clique AQUI e participe da brincadeira.
E só depois volte para ver a resposta.

Você, que já se divertiu tentando descobrir quem estava naquelas cadeiras, naquele fim de tarde... clique nos comentários DESTE POST e veja se acertou.

terça-feira, 10 de novembro de 2009

Na praia...


Esta foto foi tirada domingo, na praia, final de tarde.
Agora me diga: quem estaria sentado nessas cadeiras?
Vamos lá: observe a disposição das cadeiras, o alinhamento, perceba os detalhes... veja os chinelinhos, o "cooler", o alinhamento do "cooler", o pacotinho de biscoito queijinho, essas coisas. Clique na imagem para ampliar, se quiser. Observe tudo e depois tente imaginar que tipo de pessoas, quem estaria sentado ali. Não estou pedindo que você me dê nome. Eu queria a descrição. Que tipo de pessoas você acha que estavam sentadas ali? Como eram?
Descreva pra mim.
Vamos lá?

segunda-feira, 9 de novembro de 2009

Bem mocinha

As fotos de São Paulo estão uma vergonha...
S. me diz baixinho: "Eu não queria falar nada... mas você reparou que em todas as fotos estão vocês e u'a mesa??"

Por isso, na volta, meu ideal de vida é ser bem mocinha, e voltar a comer direitinho.
Olha só o "menu" que dominou meu final de semana!

domingo, 8 de novembro de 2009

Uma surpresa... e outras.

Adoro ganhar presentes sem motivo aparente... Aquela coisa de "vi isso e lembrei de você", ou "lembrei que você queria tanto isso"...

É muito bom ganhar um presente sem que seja seu aniversário, Natal, ou qualquer outra data "especial"... Essa conclusão serve também para o lance de DAR presentes, sabe?, mas hoje eu quero falar de RECEBER.

Há algumas semanas eu comentei de um filme, aqui, que eu queria muito ver.
Um ou dois dias depois recebi um e-mail.
Outros dias depois, exatamente ontem, recebo um envelope, diretamente de Portugal...


Pois repare bem: não bastasse o envio do DVD, recebo junto um sabonetinho de luxo, feito a mão, em Portugal;
cheirinho de-li-ci-o-so, "sugared cranberries", produto de uma lojinha que, pelas imagens, deve ser uma doçura... vontade de morar lá dentro!

Além disso, vem também no envelope um lindo cartão, com palavras que me aproximam realmente de quem me escreveu. E a sensação, eu confesso, é de que, neste mundo, o que vale, de verdade, é o carinho que a gente sente e o modo como a gente expressa esse bem-querer.
Pequenos gestos podem tocar o nosso coração de um jeito incrivelmente maravilhoso.
E eu nem sei mais o que dizer...
Ah, sim!
P.S. I love you!


p.s.2
As coisas acontecem no tempo certo. O envelope chegou, de fato, no dia 27 de outubro, momentos após eu ter saído de casa para o aeroporto. Recebi uma ligação, avisando que uma encomenda chegara para mim, e que ficaria guardada com o Síndico. Curiosamente, quando cheguei da viagem, no dia 02 de novembro, o Síndico havia viajado e não deixara meu presente com ninguém... Cheguei a pensar em ficar chateada... Mas lembrei do que havia dito à querida Custódia: "tudo tem seu tempo; ele vai chegar no dia em que eu estarei precisando ver..."
Enfim, hoje é o dia.
E temos pipocas.
Servido??

sábado, 7 de novembro de 2009

Feliz Sábado!!

"...Imaginem então a minha surpresa, quando, ao despertar do dia, uma vozinha estranha me acordou. Dizia:

- Por favor... desenha-me um carneiro!

- Hem!

- Desenha-me um carneiro...

Pus-me de pé, como atingido por um raio. Esfreguei os olhos. Olhei bem. E vi um pedacinho de gente inteiramente extraordinário, que me considerava com gravidade.

(...)

Olhava pois essa aparição com olhos redondos de espanto. Não esqueçam que eu me achava a mil milhas de qualquer terra habitada. Ora, o meu homenzinho não me parecia nem perdido, nem morto de fadiga, nem morto de fome, de sede ou de medo. Não tinha absolutamente a aparência de uma criança perdida no deserto, a mil milhas da região habitada. Quando pude enfim articular palavra, perguntei-lhe:

- Mas ... que fazes aqui?

E ele repetiu-me então, brandamente, como uma coisa muito séria:

- Por favor ... desenha-me um carneiro ...

Quando o mistério é muito impressionante, a gente não ousa desobedecer..."

clique na imagem para ampliar

O Pequeno Príncipe - Antoine de Saint-Exupéry
Livraria Agir Editora, 1983, 25a ed., pp. 11 e 12

sexta-feira, 6 de novembro de 2009

Desculpaê!

Desculpaê, se você teve de trabalhar de terno e gravata ou de "tailleur", hoje.
Desculpaê, se você ficou trancado num escritório com ar condicionado...
Desculpaê, se você pegou um trânsito do caramba pra chegar ao seu local de trabalho...
Desculpaê, mas hoje eu trabalhei na filial...
Fazer o que, se eu consigo raciocinar juridicamente de biquine??
"Beach office" - o melhor lugar do mundo para se trabalhar num dia de sol.



"Rio 40 graus!
Cidade Maravilha..."

quinta-feira, 5 de novembro de 2009



Amanhã eu volto a abrir
as portas e janelas desta casa...

terça-feira, 27 de outubro de 2009

Minha (particular) semana do saco cheio

Fazer as malas. Embarcar. Deixar para trás, por uma semana, os compromissos, as responsabilidades, os próprios problemas e os dos outros. Encontrar amigos queridos, abraçar quem se quer bem. Sentir saudade de alguns que ficam por aqui. Viver despreocupadamente por sete dias. Depois de tudo, refazer as malas. Embarcar. Deixar para trás a semana vivida sem apreensões. Despedir-se de amigos queridos. Sentir saudade dos que ficarão por lá. Chegar. Recomeçar.
Desculpem-me, mas só eu sei, exatamente, o que quero dizer...

segunda-feira, 26 de outubro de 2009

O nome dele é Antônio Carlos Ferreira de Sena

Pra derrubar todos os seus conceitos e preconceitos. Pra mostrar que conhecimento, saber, cultura e filosofia estão muito, mas muito além das aparências. Pra nos ensinar que as pessoas que têm conteúdo, que sabem falar, nem sempre estão de terno e gravata, com microfone na mão, ou nas grandes instituições. Você já bateu papo com seu vizinho, hoje? Já aprendeu ou ensinou alguma coisa a alguém? Já falou ou ouviu alguma coisa que o fizesse pensar?
Pois é... O repórter queria apenas fazer uma pesquisa. Tinha um "script". Saiu tonto. Quer ver? Clique AQUI.

E pode aplaudir!!


(reprodução - mas só leia depois de assistir, pra não perder o efeito. e para ler, arraste o mouse até o final do post)
Repórter:
-Quando você pensa em supermercado, qual o primeiro nome que lhe vem a cabeça?
Camelô:
-Raciocínio Racional.
Repórter:
-Qual supermercado?
Camelô:
-Raciocínio Racional. Esse é o mercado que eu conheço, é o mercado do seu Id, do interior de cada ser; esse é o verdadeiro mercado. Entendeu? É do Eu verdadeiro. É o Eu interior. Esse é o mercado que é o desenvolvimento da glândula pineal, da célula epífise, que está no íntimo do mesencéfalo, na base do cérebro.
Meu nome é Antônio Carlos Ferreira de Sena.

domingo, 25 de outubro de 2009

Delicioso cheiro de terra molhada.
Chuva que cai lá fora.

Com licença...

Com licença, eu vou à praia.



Vou ver o MAR... e você pode ficar aí, vendo o MAL... vino Salvador. Eu deixo.

sábado, 24 de outubro de 2009

Feliz Sábado!!

Traduzir-se

Uma parte de mim
é todo mundo:
outra parte é ninguém:
fundo sem fundo.

Uma parte de mim
é multidão:
outra parte estranheza
e solidão.

Uma parte de mim
pesa, pondera:
outra parte
delira.

Uma parte de mim
almoça e janta:
outra parte
se espanta.

Uma parte de mim
é permanente:
outra parte
se sabe de repente.

Uma parte de mim
é só vertigem:
outra parte,
linguagem.

Traduzir uma parte
na outra parte
— que é uma questão
de vida ou morte —
será arte?
Ferreira Goulart - Na Vertigem do Dia (1975-1980)

sexta-feira, 23 de outubro de 2009

Exausto - por Adélia Prado

Eu quero uma licença de dormir,
perdão pra descansar horas a fio,
sem ao menos sonhar
a leve palha de um pequeno sonho.
Quero o que antes da vida
foi o sono profundo das espécies,
a graça de um estado.
Semente.
Muito mais que raízes.
(in "Bagagem" São Paulo: Ed.Siciliano, 1993)



quinta-feira, 22 de outubro de 2009

A boneca e o equilibrista...



A chave de tudo está no equilíbrio entre a loucura e a prudência,
entre o trabalho e o ócio,
a atenção e a intenção.
A chave de tudo, parece, está no equilíbrio entre o moderno e o antigo,
o fazer e o demolir,
o centrífugo e o centrípeto,
entre a segurança e o risco,
o buscar e o evitar.
Equilíbrio entre o ir e o voltar,
o mistério e o conhecimento,
o cansar e o descansar.
Entre a demora e a urgência,
a teoria e a constatação,
o ficar e o deixar-se levar.
Porque tudo acontece entre a vida e a morte.
E a chave de tudo nunca, nunca estará no equilíbrio entre sonho e realidade,
entre o amor e a indiferença,
entre dar-se e trancar-se,
entre o interesse e a apatia,
entre o preto e o branco.
Porque a vida em cinza é muito menos do que poderia ser.

quarta-feira, 21 de outubro de 2009

Sonhos

Há duas noites tenho tido sonhos estranhos.
Tentar interpretá-los à luz do seu inconsciente, dos desejos secretos e das experiências vividas ao longo do dia transforma-se numa atividade quase assustadora, embora inevitável. Ignorá-los é impossível. Eu gostaria de acordar e não lembrar, como acontece com os sonhos bons... mas as cenas insistem em não sair da minha cabeça.


terça-feira, 20 de outubro de 2009

Vem!

A gente costuma dizer que a vida apronta, a vida não é fácil, a vida é engraçada, a vida isso, aquilo, aquilo outro... Na verdade, a vida não é nada. O que existe é você e seu modo de reagir às coisas que acontecem ou deixam de acontecer. Assim, eu acho que não é a vida que é fácil ou difícil; eu é que tenho ou crio dificuldades e facilidades diante das coisas que se apresentam diante de mim, e isso, sim, interfere no meu modo de enxergar "a vida". Isso é o que altera a minha vivência.

Se você quiser continuar encarando que é a vida que direciona as coisas ou que interfere na gente (e eu às vezes penso assim também), tudo bem. Mas é preciso imaginar que a vida, então, está sempre de braços estendidos. A vida é um convite. Convite pra uma festa bacana. A vida chama. Por que é que a gente insiste em não atender? Por que se contentar, apenas, com a sobrevivência? Meu Deus... há tanto pra viver!



Vem!


...ainda não ligou o nome à pessoa? clique AQUI

segunda-feira, 19 de outubro de 2009

Segunda-feira com (quase) cara de domingo

Trabalhei, ontem. Domingo dividido entre trabalho, mercadinho, trabalho, visitas, trabalho, música, trabalho, futebol, trabalho, entrevista do Bonner à Marília Gabriela e, chega de trabalho!



O destaque do dia foi mesmo o Flamengo dando show de bola, na casa dos caras. Dá gosto de ver esse time jogar, mermão! O sérvio tá numa fase espetacular. Um misto de treinamento, técnica, talento e amor. Mas o bonitinho mesmo foi ele dizer que o gol olímpico foi pro Rio de Janeiro, por 2016, e arrematar com um "a minha cidade merece". Não é o que o Di Cavalcanti diz?


É... e se o Botafogo não fez sua homenagem a Vinicius de Moraes, aniversariante desta segunda-feira, 96 aninhos, torcedor ilustre... nós, rubronegros, fizemos a festa.
Pode cantar, Poetinha: "Se todos fossem no mundo iguais a você..."



E já que ontem foi dia de trabalho,
hoje fica sendo o dia do lazer.
Acontece que eu esqueci de combinar com o sol...
Essa, a triste razão por que não vai rolar a praia programada. Nesse caso, acho que vou ficar mesmo sentada num banquinho de jardim vendo o tempo passar...


e pra quem ainda não entendeu a história, clique AQUI