Era um sábado desses, à noite. Já faz alguns poucos meses que meus finais de semana são apenas aqueles dois dias depois das quintas e sextas. Não reclamo. A vida é cíclica. O que ontem era rotina hoje já não existe e não nos cabe lamentar ou discutir se éramos mais ou menos felizes que agora. De certa forma eu me adaptei a contentar-me com um sábado feliz durante o dia - manhã e tarde, em atividades que incluíam meus adolescentes na igreja, a família pela hora do almoço, amigos e canções à tarde; e à noite passei a divertir-me com atividades alternativas. Não posso queixar-me; fui privilegiada, por exemplo, por encontrar V., uma criatura que me parece, até hoje, um misto de anjo e homem. Mas isso é outro papo...
Como já disse alhures (e eu só usei esta palavra porque, de verdade, acho um charme escrever alhures), era uma noite de sábado. Já há algum tempo eu queria ver esse filme. Queria porque me indicaram. Queria porque, afinal, o "Danny" aparecia, de repente, do jeito que a gente imaginou e nunca pode ver em Grey's Anatomy. Queria porque no dia em que eu comentei, aqui, a galera (e a malta) toda disse que era um filme pra se ver com caixinha de lenços de papel ao lado, um filme incrível, e tals.
A saga pra conseguir o DVD atravessou o Oceano Atlântico.
Brasil e Portugal.
Cópias esgotadas.
Até que ela, do jeito mais carinhoso que você possa imaginar, me fez chegar às mãos o filme.
Era um sábado à noite. De certa forma, reuniram-se comigo M., V., R., S., W., L., E., I., e todos aqueles que de alguma forma, mais ou menos demorada, passaram ou tentaram passar pela minha vida.
A cena e o bilhete sobre o casaco arrancaram soluços, de mim. O carinho do Danny (neste filme, eu sei, o nome dele é Billy) me deixaram comovida, e por mais que o título possa fazer qualquer um suspeitar que se trata de uma película "mulherzinha", é bem no começo, já, que se percebe ser um filme que mexe com os sentimentos mais profundos que você carrega dentro de si mesmo...
"...Talvez um dia isso aconteça..." São quase as últimas palavras do filme. São as primeiras palavras que eu repito, para mim mesma, a cada manhã...
4 comentários:
Olá amiga,
Sabes fofa, por vezes, por falta de tempo, falta de vontade ou medo, nunca paramos para nos olharmos, e há filmes que trazem á flor da pele esses sentimentos que sempre andamos a evitar, isso é bom, recebemos um abanão e apercebemos que somos pessoas com recordações guardadas e com sentimentos por vezes que nem sabíamos que tínhamos, espero de coração que te tenhas visto como nunca e que te passes a conhecer melhor.
Fica bem querida
Beijos doces
Suzi
O filme está bem construído sim e mexe com sentimentos muito próprios. A mensagem é clara também, podemos sempre seguir as nossas vidas, sem nunca esquecer os que amámos e perdemos.
Beijo
Ai, Suzi, esse filme é mesmo maravilhoso. Eu já assisti umas trocentas vezes (eu tenho o DVD, rá!) e todas as vezes choro como se tivesse morrido uma pessoa da família. Adoro!
beijo :*
uma história linda*
se gostaste do filme devias ler o livro! é magnífico :)
se quiseres, passa pelo meu blog que anda sempre à volta deste assunto:
http://p-s-guess-what.blogspot.com/
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