Tenho alguns amigos portugueses. Não são amigos virtuais, porque a amizade é real, o carinho é verdadeiro, e sinceramente gostamos uns dos outros. Mas já experimentei a sensação do pior dos preconceitos contra a mulher brasileira, aqui mesmo, nos comentários dos posts; coisas escritas por desconhecidos.
Tudo bem, vamos admitir que talvez tenha sido um grande mal entendido, talvez tenha sido uma coisa "inocente", talvez o outro nem tenha percebido a postura preconceituosa, mas o preconceito, geralmente, não abre espaços para o desfazimento de equívocos.
Numa outra vez, precisei passar a monitorar as repostas, pois vinham em comentários anônimos, em posts antigos e novos, com xingamentos descabidos e completamente despropositados, sem nenhuma vinculação a minha pessoa ou ao conteúdo do blog, mas unicamente pelo prazer de incomodar a todos...
Mas, veja bem, eu continuo no meu país, e jamais sofri isso "na pele", ao vivo e a cores, o que já é uma tremenda vantagem em relação às pessoas, mulheres, principalmente, que se mudam e sofrem toda a espécie preconceito.
O tema é
tese de Mestrado de Letícia Barreto, uma paulistana, artista plástica, que expõe, na tela, a sua pesquisa. Vale a pena ler a reportagem e repensar nossa postura diante das diferenças, porque em maior ou menor medida, todos nós, em algum momento, fazemos também nossos conceitos prévios a respeito dos outros...
A abordagem da mestranda está sendo feita em Portugal, mas a realidade nos mostra que o preconceito alcança qualquer tipo de imigrante em qualquer lugar do mundo. Variam as nuances, talvez a intensidade, mas é preconceito, e seria melhor que nós trabalhássemos isso, como nacionais e como imigrantes, porque somos todos, na verdade, cidadãos do mundo.