"...Após dois meses sem escrever uma só palavra, cá estão estas que, embora não pareça, dizem tudo. Bom dia, amigos. Bom dia, inimigos. Amai-vos e odiai-me. Trabalhai. Trabalhemos. Mas não nos esqueçamos de que o grande esforço (físico ou mental), que vai despender um trabalho qualquer, tem que ser estabelecido mediante um estudo de nossa capacidade de rendimento e de resistência à fadiga. Lembrai-vos, outrossim (sempre tive imenso desejo de escrever 'outrossim'), de que todos os prazeres da solidão, embora lícitos, são inconfessáveis.
Com vocês, por mais incrível que pareça, Antônio Maria, brasileiro, cansado, 43 anos, cardisplicente (isto é: homem que desdenha do próprio coração). Profissão: esperança."
Antônio Maria, excerto de "Evangelho Segundo Antônio", in Crônicas.
2 comentários:
É, Suzi... a solidão tem sim seus desejos inconfessáveis, mas nada como a esperança e o amor para nos manter vivos!!
Beijão, LInda!!
adorei.
beijos daqui...
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