quarta-feira, 21 de fevereiro de 2018

Perdas & Ganhos

Estava há pouco folheando "Perdas & Ganhos", da Lya Luft, e me deparei com esta frase: "Quando as coisas parecem muito ruins, ensinou-me uma amiga, pode-se indagar: 'é tragédia ou é apenas chateação?'".

Isso me fez lembrar da pergunta que faço quando meus alunos estão arrasados, "emburrados" ou dando "chilique" por conta de algum problema. Eu pergunto qual é o tamanho do problema. "Isso é um problema grande, um problema médio ou um problema pequeno?" Esse questionamento vale pra crianças e adultos. E talvez poucas vezes a gente pare pra pensar nisso, no meio da tempestade... 

Algumas vezes, só porque o problema é do outro a gente tende a minimizar as coisas; e quando é nosso a gente tende a superestimar... são sempre problemões. E o mal disso é que há uma desproporção que afeta o modo como pensamos na solução. Um problema é sempre um problema, e a gente precisa aprender isso de uma vez por todas. 

Pode ser uma tragédia ou uma chateação, mas vamos respeitar a dor de quem está passando por ele (e talvez sejamos nós mesmos), porque é um problema, ainda que seja pequeno até mesmo aos olhos da própria pessoa.

Depois de saber o tamanho do problema vem o grande lance: se a gente pensar um pouco, a gente gasta a energia certa para resolvê-lo. Por exemplo: problemas pequenos são sempre rápidos e facinhos de resolver; se o problema é tipo "médio", talvez a gente precise de um tempo pra que ele seja resolvido, porque certas coisas acontecem em etapas; e se for um problemão a gente vai ter em mente que algumas coisas não saem exatamente como a gente quer, e vai tentar descobrir se tem jeito ou se é uma questão de se adaptar, resiliência.

Vou voltar pra minha leitura, enquanto você pensa aí no tamanho daquele problema que tava tirando você do sério mais cedo... Não seria apenas uma chateação?




2 comentários:

Custódia C. disse...

Relativizar e definir prioridades! Duas coisas que me ajudam muito, quando os problemas surgem ...

Suzi disse...

Pois é. O princípio do "cada coisa em seu lugar", né?