segunda-feira, 26 de janeiro de 2009

Quando o luxo vem sem etiqueta

Todos veem o que pareces, poucos percebem o que és.
Maquiavel

"O cara desce na estação do metrô vestindo jeans, camiseta e boné, encosta-se próximo à entrada, tira o violino da caixa e começa a tocar com entusiasmo para a multidão que passa por ali, bem na hora do rush matinal.

Durante os 45 minutos que tocou, foi praticamente ignorado pelos passantes; ninguém sabia, mas o músico era Joshua Bell, um dos maiores violinistas do mundo, executando peças musicais consagradas num instrumento raríssimo, um Stradivarius de 1713, estimado em mais de 3 milhões de dólares.

Alguns dias antes Bell havia tocado no Symphony Hall de Boston, onde os melhores lugares custam cerca de 100 dólares. A experiência, gravada em vídeo, mostra homens e mulheres de andar ligeiro, copo de café na mão, celular no ouvido, crachá balançando no pescoço, indiferentes ao som do violino.

A iniciativa realizada pelo jornal The Washington Post era a de lançar um debate sobre valor, contexto e arte.

A conclusão: estamos acostumados a dar valor às coisas quando estão num contexto. Bell era uma obra de arte sem moldura. Um artefato de luxo sem etiqueta de grife."


O vídeo da apresentação no metrô está no You Tube:
http://www.youtube.com/watch?v=hnOPu0_YWhw


E a matéria completa, publicada no Washington Post, AQUI.

8 comentários:

Amigao disse...

Eles devem ter editado.Não é possivel que nenhuma só pessoa tenha parado pra ouvir.Custo acreditar.
Sabe eu sempre paro quando vejo alguma manifestação deste tipo.Se for um solo de sax então, eu paro e me ajoelho.

bom dia bonita!Ops, boa tarde!

Mônica disse...

inacreditável mesmo que ninguém tenha parado pra ouvir... eu sou que nem o Amigão: paro, olho, ouço, parabenizo e ainda dou um troco...rs

( quarta tem almocinho com Marcinha...topas?)

Amigao disse...

hahahahaha, bem lembrado.Se fosse no Brasil não só pessoas parariam ,como o Joshua Bell ainda sairia com o chapéu cheio de moedas.

Suzi disse...

Se vocês observarem, vãp ver que algumas pouquíssimas pessoas param por alguns instantes e apenas uma o parabeniza e outra o cumprimenta.
Veja que o texto nos fala que ele tocou por 45 minutos e foi PRATICAMENTE IGNORADO. Uma das pessoas, inclusive, diz que o ouviu tocando em uma livraria, se não me engano. E diz que só mesmo em Washington poderia ter essa oportunidade de vê-lo ali no metrô, tocando. Ele agradece.
A maioria das pessoas passou indiferente.
A pressa, a ignorância, a alienação, os horários, os compromissos, o stress... quanta coisa nos impede de valorizar o belo. Especialmente se ele está fora de contexto.

Amigao disse...

É verdade, reparei agora.
Bjs

Suzi disse...

Pois é...

João Moreira disse...

Olá amiga,
Experiencia engraçada mas que é real, vivemos num mundo em que não tem a capacidade de raciocinar no quer que seja se não for dentro do seu contexto, será preguiça ? talvez…
Fica bem
Beijos perfumados

Suzi disse...

;)