quarta-feira, 20 de fevereiro de 2008

Hasta la victoria! Arriba! Salud!

Acho que sou mesmo alguém com uma visão idealista, inocente e romântica da vida. Acredito em coisas estranhas, em sentimentos, em cavalos alados e declarações de amor; em sonhos, utopias, amores antigos. É uma vida mais leve, essa. Leve como uma pluma, uma bola de gás, uma pipa no céu...

Só que a leveza incomoda, certa vezes. Alguém caça a pluma, estoura a bola de gás, corta a pipa... Sempre há alguém para isso. Mas então, como se tem uma visão inocente e romântica da vida, se pensa que é preciso, apenas, alçar vôo outra vez, como se fosse a primeira, com todo o encantamento, com a mesma leveza.

Sinto-me um pouco estranha. Até para mim mesma, nos últimos tempos. Mas ainda insisto em acreditar em possibilidades, em namorar a lua, na energia do sol; ainda acredito em amor, na eternidade...

E neste passo, fico então imaginando que enquanto o Comandante Fidel se afasta, o céu se apaga um pouco. Românticos gostam de pensar enquanto anoitece... E então, logo mais, me deixarei quieta, e olhando para um céu por uns instantes apagado, ficarei a pensar no líder, nas conquistas favoráveis da revolução, nos avanços na saúde, na educação...

Eu sei que eclipse é "apenas" um fenômeno astronômico, mas minha visão idealista, inocente e romântica da vida me faz achar que a lua atravessando a sombra da Terra, esta noite, é mais que isto; é a travessia de um tempo, a transposição de uma era, e que depois da escuridão tudo vai clarear, outra vez.
"Hasta la victoria siempre"!!
Arriba, Cuba!
Salud, Fidel!

10 comentários:

Custódia C. disse...

Suzi, não consigo ignorar o facto, de que estamos a falar de um ditador :(

Anônimo disse...

Salud!
E eu que queria conhecer Cuba com Fidel no comando?
Que pena :(
dias lindos e noite feliz bunita
beijos

Nina Souza disse...

Eu sou meio assim tb, meio sonhadora, meio idealista, mas tento não me afastar muito da realidade. Acredito piamente em amores eternos, felicidade plena, e coisas perfeitas - apesar de muita gente tentar me provar o contrário. Daí eu me retraio um pouco: desconfio um pouco da felicidade, mas o suficiente pra não impedir que eu a usufrua plenamente. ;)

Sobre o Fidel, dizem que ele foi bom em geral, mesmo com as muitas limitações. Tenho uma amiga francesa que morou no Rio e foi trabalhar em Cuba... disse que gostou, apesar das diferenças sociais serem ainda mais gritantes que aqui no Brasil - e eu particularmente não acho isso lá muito bom.

Enfim, Fidel é um mito - e mitos nunca são unânimes, né? =)

beijocas!

Anônimo disse...

Lá em casa já teve muito bate boca com minha irmã por conta de Fidel... romântica como você... sonhadora... quase comprei uma passagem somente de ida pra Cuba pra ela. hehehe
Algumas coisas concordo! Outras nem tanto!
E viva a democracia!
Beijão!

Alba Regina disse...

socorro hein suzi?! te amo mesmo assim! beijooo!!!!

osátiro disse...

Não podemos esquecer os presos políticos,aqueles que pelo simples facto de quererem eleições livres, imprensa livre,vários partidos, foram presos sem possibilidade de se defenderem.

http://www.payolibre.com/presos.htm

Sandra Vicente disse...

Eu diria que é mesmo uma visão romântica. Sei da sua admiração por ele. No meu caso os sentimentos se misturam. Acompanhei isso meio de perto e às vezes foi tudo um pouco triste demais para nossa família. Você sabe...

Amigao disse...

Lula gosta do Fidel.Chaves gosta do Fidel.
Mas...Suzi gosta do Fidel.
Tá vendo o que dá sair de ferias e deixar a bonequinha sozinha na blogosfera?

mir disse...

Eu estou como a márcia: também me parece que já não vou a tempo de ver esta ditadura em pleno.

Não digo que não o seja e claro que defendo a democracia...sempre que possível! Por isso fui buscar aquele discurso, onde me parece que ele explica bem porque é/foi um ditador.

Também sou uma sonhadora, por isso acredito que um dia será possível ser diferente sem se ficar isolado, que um dia as maiorias não estrangulem quem diz "no".

Como dizia António Gedeão: "o sonho comanda a vida"

Suzi disse...

Assino tudo, tudinho embaixo, Mir.
Aquele teu post (que só hoje pude ler) me emocionou.
Um beijo.