quarta-feira, 9 de maio de 2007

O caso dos exploradores de cavernas

Eu estava no meu primeiro período da faculdade de Direito.
O professor indicou.
Poucas coisas, no mundo - das que custam dinheiro - são essenciais e baratas, ao mesmo tempo. É o caso desse livro. Leitura fundamental para estudantes de Direito, e eletiva para todo ser humano, mas daquelas eletivas que você briga pra conseguir uma vaga; lembra dos tempos da faculdade?? Pois é.

Você desenvolve seu poder de argumentação, o poder de persuasão, equilibra-se entre o "ser influenciável" e o "ser convencido", desenvolve seu potencial humano, o raciocínio lógico, lembra-se da velha questão do "bom senso", e tem suas primeiras e profundas lições de Direito; você conhece posturas filosóficas diferentes sobre Direito e sobre os Governos; e se coloca em contato com as idéias mais lancinantes da sua alma. E, acredite, isso não é um livro de auto-ajuda!

Conta-se, nele, o caso dos cinco exploradores de cavernas que ficaram presos no interior de uma caverna de rocha calcária após um desmoronamento de terra. O livro trata do recurso apresentado pelos quatro acusados processados e condenados à morte por enforcamento. A condenação deveu-se ao fato de que, no 23º dia após a entrada dos cinco exploradores, na caverna, um deles havia sido morto e servido de alimento para os seus companheiros.

O morto se chamava Whetmore. Haviam chegado ao limite da sobrevivência. A idéia de que alguém servisse de alimento aos demais foi dele. Ele também foi quem sugeriu que a escolha se fizesse por sorteio. Antes que fosse lançada a sorte, Whetmore desistiu. Foi acusado de violação de acordo, pelos demais. Na sua vez, alguém lançou os dados por ele. A sorte não o acompanhou, e Whetmore foi o "sorteado". Foi então morto. E agora os exploradores sobreviventes pretendem a reforma da sentença condenatória.


A edição que eu tenho nas mãos é daquelas de bolso. A história é contada em 75 páginas. O livro custa entre cinco e doze reais. Você compra até pela internet. Compre. Leia. Pense. Depois dê a alguém. Porque em alguma altura da vida, eu, você e os outros, todos temos de fazer nossos julgamentos.

6 comentários:

Anônimo disse...

Eu li o Caso dos Exploradores de Caverna... como todo estudante de Direito. Estou sempre emprestando pra alguns amigos... Vale realmente a pena! (comigo está tudo bem, acho que a chuva me deixou meio down. Ou percebi que esxite mais coisas entre o céu e a terra que a nossa... sei lá!)

Suzi disse...

Oi, Dani!
Então, mais uma a recomendar!
:o)

Basta a chuva cair para o humor do carioca variar, já dizia um amigo meu. rs*
Por outro lado, pode mesmo ser a tal percepção de que há muito mais coisas entre o céu e a terra. Mas não se deixe desanimar, por isso. Antes, use isto a seu favor. Recobre as energias, Dani! nem que seja só de raiva! rs*

Beijos e bom dia, apesar das nuvens.

C. disse...

Susi querida! Realmente tenho demorado séculos para atualizar, mas a vida anda uma loucura só trabalho, faculdade, obras em casa, casamento chegando... ai, ai... só mesmo visitando os blogs vizinhos para espairecer!

beijins

Suzi disse...

Sinto-me honrada! Em meio a essa correria toda, eu recebi sua visita!
Eu também andava numa correria tremenda; coisas de véspera de férias. Aos poucos vou desacelerando. Ainda volto lá, tá?
Saudades de você.
Bj.

Nessita! disse...

não li esse livro, mas li já uma história real falando sobre um caso como esse, só que os quatro estavam perdidos no mar... interessante, vou ver se acho aqui em Porto Alegre! :)

Suzi disse...

você vai gostar, nessita. a saraiva está com promoção de dia das mães com frete grátis (um perigo, isso... rsrsrsrsrs)