De repente, o benefício da dúvida não se afigura um bem, mas um mal, e "no more doubts" é agora a certeza do não.
O inevitável acontece, mas você esperava, mesmo, pelo inesperável - que, incapaz de mover-se sozinho, não veio; pois, de resto, as coisas não mudam se você não mudar; ou não. E não digo das coisas e de sua constância - como se quanto a isso houvesse dúvida! É de você que se diz... e quero dizer: você muda; ou não.
E foi no instante em que o silêncio disse tudo que a inércia moveu os pensamentos. E aconteceu do riso fazer-se choro; e fez-se, do sonho, a desilusão; da esperança fez-se a ânsia; do querer, o desistir; do desejo, a expectativa; e a expectativa, desatinada, coitada, desaguou na frustração.
O inevitável acontece, mas você esperava, mesmo, pelo inesperável - que, incapaz de mover-se sozinho, não veio; pois, de resto, as coisas não mudam se você não mudar; ou não. E não digo das coisas e de sua constância - como se quanto a isso houvesse dúvida! É de você que se diz... e quero dizer: você muda; ou não.
E foi no instante em que o silêncio disse tudo que a inércia moveu os pensamentos. E aconteceu do riso fazer-se choro; e fez-se, do sonho, a desilusão; da esperança fez-se a ânsia; do querer, o desistir; do desejo, a expectativa; e a expectativa, desatinada, coitada, desaguou na frustração.
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E agora, José?
E agora, José?
A festa acabou,
a luz apagou,
o povo sumiu,
a noite esfriou,
e agora, José?
e agora, você?
a luz apagou,
o povo sumiu,
a noite esfriou,
e agora, José?
e agora, você?
(Drummond)
Sempre que chove, qualquer poema de Quintana vem sempre datado de 1779, enquanto minha alma chora, às vezes sem nem saber por que, sempre que chove.
7 comentários:
"E agora José". É o meu impasse de todas as segundas, impasse que some antes do meio-dia, mas que na verdade nunca passa, e que só me fortalece (pois eu preciso dele).
Com a chave na mão
quer abrir a porta,
não existe porta;
O texto é intrigante, pois sempre vi a dúvida como um bem, como uma catapulta que te lança até a escolha. Aí sim, ou você muda ou nao. Mas no caso desse texto, esta-se frente a um inevitável. Outro prisma, eu gostei.
Tudo o que não me mata, me fortalece.
:o)
Quisera ajudar...
Bjs.
Também procuro entender pq minha alma chora qndo chove!!
Abraços...
Boa semana
Quisera dias de sol, Deize!
;o)
Pois é, Susanna... Vai entender...
Ando aprendendo um bocado sobre isso, primuska.
Porque afinal se eu me dou ao trabalho (e que trabalho!) de mudar constantemente, como é que eu poderia suportar o comodismo? Já tentei e digo com propriedade: não vale a pena! Nem mesmo para o outro, pois suportar o comodismo é alimentá-lo, e impedir que o outro cresça.
Só sei uma coisa: quando a gente se posiciona, fica melhor, mesmo que doa, a gente fica bem. E eu quero crer que mesmo com a chuva e o choro você esteja assim, com esse bem que é maior do que outras alegrias passageiras dentro do seu lindo e enorme coração!
Te amooooo!!
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