Você vai ao shopping, ao supermercado, e as vagas estão lá, especialmente separadas para eles, que, geralmente, usam cadeiras de rodas e necessitam de espaço maior para sair do veículo; por isso, perceba, as vagas destinadas a eles são maiores, e a localização permite um acesso mais rápido e menos dificultoso ao local das compras.
Mas é curioso... Os outros, os "normais", na maior cara de pau, encostam seu carro, saem andando, e não estão mesmo nem aí.
M., que estava comigo, comentou que a culpa disso é do próprio supermercado, que não mantém a vigilância; e que se houvesse uma penalidade para os infratores, multa, por exemplo, isso poderia mudar. Eu discordei, embora reconheça que ele tem razão, quando diz que a parte mais sensível do corpo humano é o bolso...
Eu acho, realmente, que é questão de mentalidade, mesmo. Uma questão cultural que muito me envergonha. Acho que uma cara feia, um olhar de reprovação também colaboram para tentar colocar um pouco de consciência nesses senhores abusados. E, de repente, falar bem alto, para que ele possa mesmo ouvir: "Que bom! Mais um deficiente pôde aproveitar a sua vaga!" Foi o que eu fiz, na saída, quando um senhor, com seus 40 e poucos anos de saúde e energia, que lhe permitiam caminhar tranqüilamente com seu filho também saudável até a entrada do supermercado. Ele me ouviu, eu sei. Tomara que pense.
Da próxima vez, vou deixar um bilhete, como já fiz num shopping: "Fique tranqüilo: sua placa já foi informada à Polícia. Da próxima vez, estacione no local adequado."
Pena que não haja, mesmo, nenhuma punição...
Estou pensando em começar a campanha:
"Respeite o símbolo internacional de acesso do deficiente nas vagas de estacionamento."
12 comentários:
Suzi passeando ontem pela Praia do Flamengo, com minha amiga motorizada em sua cadeira, não havia UM só acesso livre. TODOS estacionaram seus carrinhos no caminho dela, mas voltaram pra casa com um bilhete desaforado, mas elegante!!!
Quero entrar aí nessa campanha.
Beijocas
Suzi,
Lamentável. Nem vou falar como aqui é tudo tão diferente.
Suas bolsinhas já seguiram há 2 semanas. Nadia vai te ligar quando chegar para vc ir lá buscar, ok?
Como tu bem dizes é, antes de mais, uma questão cultural e de formação. E ai está um caso em que não acharia nada mal que tal infracção - porque é disso que se trata! - fosse devidamente punida com multa.
Beijo!
Tá vendo, Ana? É um descaso, uma falta de consciência impressionante!
E você fez muito bem deixando um bilhete. Já que não temos poder de polícia, uma reprimenda moral é o que nos sobra.
Bj!
É lamentável mesmo, Sandra. É por isso que eu acho que nem multa resolve. Tem que trocar a cabeça, mesmo.
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E assim que eu as receber, elas serão exibidas aqui, ORGULHOSAMENTE!!!
:o)
Valeu!!!!!!
Miguel,
dá muita tristeza chegar a essa conclusão, sabes? Eu queria que fosse um caso isolado aqui, outro ali. mas não é essa a realidade. Uma lástima, realmente. E, como disse, nem sei se a multa resolve. Mas pelo menos dá uma despesa. Dói no bolso, ainda que não doa na consciência.
:o|
Quando eles querem eles tomam providencias sim. Eu já vi algumas vezes no Carrefour, colocarem travas nos carros que estacionaram nessas vagas.
Falta de Educação é a palavra.
beijos e uma otima semana.
É lamentável...
Mas a verdade é que cada vez mais as pessoas só olham para o seu próprio umbigo…
Que coisa ótima, essa das travas, amigão!
Mas ainda me irrita, essa coisa de precisar alguém "ensinar" normas de conduta a adultos.
Ê, cabeça!!
Verdade, Luís F.
E quando se fala da poluição das águas? E as pessoas dizem que não tão "nem aí pra jacaré nem pra peixe..."??
É de matar!
Realmente é uma falta de consciência que chega a provocar náuseas. Como pode haver tanta insensibilidade?
*.*
é que se usa a cabeça para tanta besteira, que falta espaço pra consciência, guiga. só pode ser!
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