terça-feira, 19 de setembro de 2006

Histórias de amor - XLIII

E então ele se deu conta do risco, cogitou do erro, e quis acabar com tudo ali mesmo, por telefone, na segurança da distância, na ausência dos olhos dela. Medo. Um medo pertinaz. Mas suava de paixão. Êxtase. Das suas palavras escorria a sede de embebedar-se ainda por mais tempo daquela paixão extasiante que já tomava conta dos dois. A razão mandava-os pôr um fim a tudo. Mas que "tudo", se ainda era tão jovem aquele amor, tão pequeno ainda, diante de toda a imensidão que ainda haveria de ser? Pediu-lhe ingênua e sinceramente: "tenha paciência comigo". E ela não pôde resistir... Rendeu-se ao doce desafio e continuou a amá-lo apaixonadamente. Porque enquanto ela o trazia de volta à vida, ele trazia a vida de volta a ela.

3 comentários:

Anônimo disse...

é, o amor verdadeiro, aquele que lhe invade sem pedir licença, da medo, mas depois só com ele vc pode sobreviver, respirar. bonito o texto.

Krama disse...

Pensei em te escrever algo, não encontrei as palavras exatas, apenas senti...
bjos
te amo
eu

Gioconda disse...

Lindo...