Neste sábado à noite permito-me permanecer em casa, quieta.
Havia algumas opções de coisas para fazer, na rua. Declinei dos convites. Revisões de texto pro site... Isso também pode esperar o dia amanhecer. Alguns telefonemas pra receber, outros pra fazer... Mas permito-me permanecer quieta, em casa.
Não que eu esteja sorumbática ou macambúzia. Nenhum sintoma de melancolia se acerca de mim. Eu apenas gostaria de permanecer em minha casa, hoje, e quieta.
Quero ouvir o Chico; quero ver as imagens do documentário; quero ver os jogos de hoje; quero arrumar a mala pra viagem. Quero apagar as luzes, deixar que a do abajur desenhe minha sombra na parede; quero sentar na "chaise long" e comer o doce de leite que eu mesma fiz. Quero a paz do silêncio, hoje. E o gosto do sossego.
E se mais tarde, bem mais tarde, eu até quiser sentir saudades, também me permitirei. E se eu quiser rir da vida, farei isso, em nome da liberdade, de ser o que sou, e, mesmo assim, querida.
Hoje, permito-me permanecer em casa só porque eu quero.
E até que a madrugada venha, e depois, ainda, permanecer assim, quieta.
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