quarta-feira, 26 de abril de 2006

Sobre ética e decência pessoal

Acho que não se fala muito, nas Universidades, sobre ética, probidade, honradez.

Algumas grades curriculares até incluem uma disciplina chamada "ética", ou "deontologia", mas nem ali a questão da decência pessoal é discutida; fica-se mais no campo da ética profissional, e pouco se fala acerca de valores como honestidade e dignidade moral.

Tive um professor, de Direito Penal, que deixou uma grande marca na minha vida. Em todos os seus ensinamentos ressaltava a importância da decência. E nos dizia, constantemente: "não se deixem corromper". Lembro que dava um exemplo do cotidiano - se num acidente de trânsito você for chamado, e, ao chegar, o responsável pela lavratura do Registro de Ocorrência chamar você num canto e oferecer uma pequena alteração benéfica, no RO, capaz de "facilitar" as coisas para o seu cliente, "não se venda", ele dizia; "absolutamente!" Apenas diga-lhe: "Senhor, faça o seu trabalho; eu farei o meu."

Além disso, sempre terminava suas aulas com um poema - os bons criminalistas têm uma sensibilidade capaz de impressionar!

M., meu grande mestre, não se cansava de nos dizer coisas a respeito da honestidade e da decência.

Acho que pais e professores deveriam se preocupar um pouco mais com essas coisas...

2 comentários:

Alba Regina disse...

e tudo se resume a isto: " não se venda". em todos, todos os sentidos. beijo querida.

Suzi disse...

tudo se resume no que é, realmente, essencial, não é mesmo?
beijos pra vc tb!