segunda-feira, 2 de agosto de 2010

O que mata é a dúvida

Estava lendo o blog da Keiko, sábado de manhã.
Adoro os textos dela, que me fazem rir e, de certa forma, me levam pra perto daqueles dois pedacinhos de mim que foram morar naquele outro país...

De repente, num dos posts mais antigos, que falava sobre o primeiro cabelo branco na vida da pessoa, encontrei o seguinte trecho: Tudo começou há 4 anos, no casamento da minha melhor amiga. Casamentos de amigos são sinais dos tempos, quando sua turma de solteiros lentamente vai se tornando uma turma de casados e quando você menos percebe, o programa de sábado à noite mais divertido é assistir filme e comer pizza, em casa.

Parei de ler aí, nem me liguei mais no papo do cabelo branco, e comecei a pensar em outra coisa: no lance de "o casamento da minha melhor amiga...". Foi aí que me dei conta e então senti um certo alívio; me senti parte do meu próprio grupo. Vou te contar: é bom demais sentir-se parte do seu grupo! E mais: isso pode significar que não chegou esse tal "sinal dos tempos", pra gente!!

Minhas melhores amigas não se casaram, nem eu. Ráaaaaaa!!!

Esse sentimento de "não tem sinal dos tempos", e esse outro, de pertencença, são bons pa-ra-ca-ram-ba! É verdade que tenho amigos e amigas que estão casados, têm filhos e tals. Mas olha só: minhas melhores amigas, não!! E é por isso que continuamos a poder escolher, com o mesmo grupo, os programas de sábado à noite, o que inclui até assistir filmes e comer pizza, em casa, mas não necessariamente.

Só que eu não resisti e voltei pra leitura. Fui parar num outro post, de janeiro. E era aniversário de casamento da Keiko. Era um post do tipo "eu não poderia ter sido mais feliz, se não tivesse casado com você". Um post meloso, sim, de fazer chorar até os "duros de coração", o que nem é o meu caso, que choro até em comercial de margarina, na tv.

E aí, mermão, é que veio aquela pitadinha de "desmancha prazer"... Eu, tão feliz porque minhas melhores amigas, como eu, não casaram, e somos parte de um mesmo grupo, e afinal, não tem "sinal dos tempos" pra gente... me peguei na dúvida: e será que se fosse diferente eu poderia ter sido ainda mais feliz??


Droga! A dúvida é uma #$&%@ !!

4 comentários:

Casa de Mariah disse...

a felicidade é um componente interno, como uma enzina, ou um hormônio, pouco depende do meio! pelo menos essa é minha opinião!

Suzi disse...

concordo quase integralmente...
mas acho, realmente, que, embora não DEPENDA de fatores externos, ela sofra as influências... mas concordo: precisa ter a cabeça boa, quem quiser ser feliz.

;)

beijoquinhas!

Custódia C. disse...

Em qualquer circunstância podemos ser felizes, seja com um grupo de gente solteira, um grupo de gente casada ou até de um misto (que é o mais frequente). Bom mesmo é ter o melhor de cada um deles :)

Suzi disse...

Bom mesmo é ser feliz, ccc.
Vc tem razão!!!