sexta-feira, 26 de junho de 2009

Eles se foram... E nós, como vamos?

A morte sempre nos surpreende e nos assusta. E a vida está sempre por um fio.
A notícia de que Farrah Fawcett havia recebido a extrema-unção na última quarta-feira me chocou; mais tarde leio que ela se foi. Mais ou menos à mesma hora informam que Michael Jackson teria ido para o hospital. Pouco tempo depois, a notícia de sua morte.

A morte do MJ chama muito mais a atenção das gentes. Comove mais? Não sei. Mas como MJ era mais "ídolo", mais show, mais bizarro, mais global, mais universal que a Chris, de "As Panteras" (nas nossas brincadeiras de infância representadas por mim, Ritinha e Virgínia), o destaque não é o mesmo. Isso é natural. Mas se você observar direitinho, ambas as mortes nos fazem pensar...

Farrah morreu vítima de um câncer. Uma espécie de câncer que muita gente nem tem ideia que exista. Um câncer no ânus, que alcançou seu fígado. Morreu aos 62 anos, o que se pode considerar jovem, para a média de vida atual. Perdeu a luta para uma doença que até hoje não se sabe como escolhe suas vítimas. E embora haja grupos de risco, eu e você podemos ser "escolhidos" mesmo que tenhamos uma vida saudável e tals. Isso me faz pensar que a vida é agora. Que eu não posso deixar de viver, muito menos posso deixar de viver bem. Ser amável, ser presente, fazer a diferença. Porque a gente nunca sabe o que virá. E deve ser muito bom descansar em paz, na certeza de ter vivido com dignidade e amoravelmente, nesta vida.

M.Jackson viveu uma vida de sucesso e conturbada. Mudou a moda, criou estilo, ensinou a dançar, mas lá dentro provavelmente não era feliz... Digo isso porque demonstrava uma incansável insatisfação com as regras, com a realidade, com a própria vida.
Estava em reclusão havia tempos e agora se preparava para novamente encarar o mundo.
Isso me faz pensar que não temos todo o tempo do mundo...

Não costumamos nos envolver com os problemas pessoais de nossos "ídolos". Às vezes achamos que eles, sequer, os têm. E então não costumamos pensar que a alegria que estampam, a bizarrice que espelham, os tipos que compõem, podem significar uma angústia cruel, e decidimos achar que são apenas marketing, ou fase, ou qualquer coisa que não nos diga respeito. É por isso que com tristeza eles se vão, muitas vezes, e, de certo modo, nós também.

A morte sempre nos faz (re)pensar.
Talvez devesse nos fazer agir.

7 comentários:

Anônimo disse...

Suzi, que post maravilhoso!!!!
A simplicidade das suas palavras veio de encontro as minhas emoções. (re) pensar no que somos e no que temos que aproveitar é muito importante. Partimos daqui e não lavamos nada, mas viver sobriamente é muito importante. Aproveitar cada pedacinho de tempo das nossas vidas sem extravagâncias...
Suzi, seu post está lindo deeemais!!!
(suspirei)
Beijão!!

Amigao disse...

Vou de taxi, você sabe.

Mônica disse...

mandou muuuuuuuuuuuitíssimo bem, boneca!

Sandra disse...

Suzi adoro o seu jeito de escrever, a maneira como expressa seus pensamentos. Amei sua postagem.

disse...

Olá td bem? Estou de blog "novo" e estou dando uma visitinha em alguns tb! Depois vai lá no meu e se gostar e quiser me ajudar a divulgá-lo =D Bjus Bom final de semana!

Lilica disse...

Que lindo post! Sempre que alguém morre, ficamos com esse pensamento de viver o presente porque não sabemos o dia de amanhã. Pena que, nem sempre, conseguimos levar essa idéia adiante e acabamos vivendo sempre planejando o amanhã, a próxima semana, o próximo mês, o próximo ano... mas não sabemos quanto desse tempo ainda temos. Como dizia o fantástico Renato Russo: "é preciso amar as pessoas como se não houvesse amanhã, porque se você parar pra pensar, na verdade não há..."
Que Papai do Céu abençõe as famílias de Farrah e Michael né.
Beijão Suzi

Estava Perdida no Mar disse...

Concordo com tudo q vc escreveu. Eu só senti a dimensão deste pensar e deste agir depois da morte do meu pai. Sempre soube q o tempo da doença dele era muito mais para o nosso aprendizado do que para seu sofrimento ou salvação.

Lindo post
Beijos