quarta-feira, 27 de maio de 2009

Pediram pra contar, então lá vai!


Você pega um voo às 23h20min no Aeroporto Internacional do Rio de Janeiro com destino a São Paulo, Guarulhos.
O aeroporto internacional do Rio sempre (e isso inclui, ao menos, passado e presente) foi chamado de "Galeão". Parece que o nome original tem a ver com a Escola de Aviação Naval, que se localizava ali, na "Ponta do Galeão". Lá pelo final dos anos 40 o Galeão começou a receber voos comerciais e passou a ser chamado de "Aeroporto Internacional do Galeão". Em 1999 o nome mudou, para homenagem ao querido maestro Antônio Carlos Jobim, e embora o novo nome tenha dado um certo charme aos pousos e decolagens, um certo "it" aos passageiros que desembarcam e embarcam na Cidade Maravilhosa, berço da bossa nova, o certo é que o Tom Jobim continua sendo o Galeão, inclusive como sigla de aeroporto - GIG.


Pois bem.
47 minutos depois, a aeronave aterrissa em Cumbica. Não faz frio, ao contrário do que se imaginou, mas nota-se que é São Paulo pela indumentária das pessoas. Curioso, como é diferente, o jeito de se vestir dos paulistas, comparado aos cariocas...
Ao meu lado, pelo corredor, também chegando na cidade da garoa, Sandra Corveloni (melhor atriz em Cannes, por "Linha de Passe"); parado ao meu lado na esteira das malas, um outro famoso - para mim, desconhecido. Percebo que é famoso porque alguém, de repente, olha pra ele e pergunta: - "Posso tirar uma foto com você?" Simpático, ele concorda. Eu entorto os olhos tentando descobrir quem é. Suponho que se estivesse com minha câmera à mão poderia pedir a mesma coisa e depois, em casa, juntaria os amigos e faria um jogo de adivinhações, tentando descobrir quem é o moço... Mas confesso que me deu preguiça.


Pego as malas, as portas se abrem, e lá do outro lado minha prima me aguarda. Um moço bonito, ao lado dela, sorriso nos lábios dos dois. Tudo bem que eu queria uma plaquinha, típica das recepções nos aeroportos, mas não rolou... Abraços, beijos, apresentações, risos e "saudades matadas". Dormir? Só depois das três da madruga, quase quatro. Afinal, eu não viajei pra dormir...

Sábado.
Pela manhã, novos amigos e o reencontro com um Amigão, depois de... bem... depois de váaaaaarios anos, digamos.
Ouvimos juntos uma fábula sobre a espécie de confiança que os filhos têm na figura do pai. E, moral da história, reaprendemos sobre o significado de confiar em Deus e sobre a Sua fidelidade. Cantamos juntos, também. E eu sempre me comovo quando ouço ou canto aqueles versos...

"Na oração encontro calma / Na oração encontro paz / Orar a Deus faz bem a alma / Falar com Deus me satisfaz. // Falar com Deus, que privilégio / Abrir a alma ao Criador / Sentir que os céus estão abertos / E ouvir a voz do Salvador. // Grande é o nosso Deus / E as obras que Ele faz / O Seu amor não tem limites / E em Seu perdão encontro paz..."


Fui convidada para almoçar "numa padaria".
Um carioca vai imaginar que "almoçar na padaria" é se alimentar de um sanduíche de bife, por exemplo. Que nada! Um tremendo restaurante! Mas, como fabricam e vendem pão, os paulistanos chamam de "padaria". Pode?? Que descaso...
De sobremesa, tantas opções que a vontade era passar ali o restante da tarde, aproveitando de tudo!

Um pouco depois, parada estratégica em "Campo Grande", e eu penso: como pode, uma pessoa sair de um Campo Grande e ir parar em outro? A pessoa mora a vida inteira com a família em Big Field, no Rio de Janeiro. Vai embora pra São Paulo e resolve habitar onde? Onde? Onde??? Pois é, em Campo Grande!
Conheci a Ana Carolina. A cadelinha; não a cantora, ainda bem.
Quando vi, eu estava lá. Com direito a gargalhadas, sessão de fotos, caras e bocas, poses e sorrisos, lá estávamos nós: eu e ELA, AO VIVO, no Sofá do Amigão!


Enfim, à noite, o casamento.
Curioso como eu, uma pessoa que só comparece a casamentos em duas situações, curti tanto aquela festa! Eu era só uma convidada, mas as coisas caminharam de tal modo que minha participação foi muito além disso. Cada instante foi emocionante. Afinal, a emoção do pai do noivo era de contagiar!


A festa, um festão! Um jantar de primeira, uma delicada decoração, e alegria geral. Uma daquelas festas da qual ninguém sai reclamando. E eu, que me preocupara tanto com o que vestir num casamento no frio... me senti em casa! Era como se estivéssemos no Rio de Janeiro. Quase um "Rio 40 graus". E a minha maravilhosa estola de pele (sintética, "of course"), ficou pendurada na cadeira...
Quanto desperdício!!



Não importa o tempo que você fique sem ver
seus verdadeiros amigos;
você há de reconhecê-los, sempre,
pelo calor da voz,
pela sinceridade do abraço,
pelo sorriso nos lábios.
Cada um de nós tem seu próprio caminho para seguir,
e talvez a vida até se encarregue de nunca mais
promover um reencontro...
Mas nunca perca a oportunidade de fazer um amigo,
porque a vida não terá a menor graça
se depois de quarenta anos
você não puder se reconhecer
como parte da vida
de alguém.

26 comentários:

Amigao disse...

To me coçando pra ser o primeiro a comentar este post.
Volto depois...

Beijão!

Márcia(clarinha) disse...

Que eXpetáculo, diria uma amiga paulistana zoando meu sotaque carioca, rsss

Dias gostosos de prazer na amizade, bom demais bunita.

lindo dia
beijos

Anônimo disse...

Ain, como eu queria está com vcs!!!^^
hehehehehe...
Huum.. então qr dizer que você conheceu a coleção de canecas do Amigão? Conheceu a Ana tbm?? Que beeeleza!! Eu imagino como esse encontro foi maravilhoso, música, sorrisos e amizade!! Que beleeeza!!!
Beijão, Suuuuuuzi!!!

Custódia C. disse...

Aumentaste o teu cardápio de boas memórias :)

Amigao disse...

Como os seus leitores não são os meus, voce esqueceu de falar que trouxe 03 canecas de presentes pro amigão, inclusive aquela do Fantasminha.

E tem mais, você continua do mesmo jeito, com o mesmo rosto (lindo) o mesmo humor de vinte anos atrás. Eu te reconheceria na rua, tranquilo.

Mariah disse...

adoro viajar, adoro amigos, adoro são paulo e adoro casamentos!

Mônica disse...

e eu aqui "MORRIDA" de invejaaaaaaaaaaa, fiquei com os olhos cheios de lágrimas ao ler a parte final do post...

Amigao disse...

Oi Moniquinha,
A Suzi me deu tantos beijos que eu achei que um deles era o que você mandou, certo?
Este negocio de depois dos quarenta, ainda ter amigos importantes é muito verdadeiro. Muito mesmo.
É de chorar mesmo.
Beijão Suzi

guiga disse...

Que lindo!
Há momentos que ficam gravados na memória para a vida!
Beijos *.*

ney disse...

Suzi,
Achei seu blog por acaso, buscando algo sobre a chuva no Google. Foi demais encontrar sua chuva "caindo de mansinho", e deixei lá um comentário, mas depois percebi que era uma postagem de 2008. Bem, e fui lendo muitos dos seus belos textos. Gostaria de colocá-lo no meu blog, citando os devidos créditos (claro!). Mandei um e-mail. Parabéns por tudo que escreve. ney/

João Moreira disse...

Olá minha querida,
Como vocês dizem, amei, sabes, já te disse isto, mas repito, amo a forma contas as tuas historias senti-me como se tivesse estado nesta viagem a teu lado, só não deu para ver quem era o cara famoso, sory…..
Fica bem amiga
Beijo perfumado

Natália disse...

Ai, gentem, que máximo esse relato. Você foi mesmo pro casamento do "amiguinho" - o filho do Amigão? Que legal, Suzi. Além de conhecer o Amigão pessoalmente, você ainda foi na maior festona, sentou no sofá de verdade e conheceu a coleção de canecas.
Maravilha, hein?

Beijooo, querida

Suzi disse...

Bem, amigão, você foi o primeiro. rs*
;)

Suzi disse...

Verdade, Marcinha. Foram dias realmente gostosos em companhia de gente querida.
Muito goXtoso!
;o)

Suzi disse...

Pois é, Su-Su, faltou você...
Faltou você!
(A propósito, a Ana Carolina tem mandou um latido de saudade.)

Suzi disse...

Taí, Ccc.
Um menu recheado!

Suzi disse...

Pois é, Amigão. Foram três canecas e todas elas especiais, como especial é cada uma daquelas 300 e não sei quantas!
A do Chile estava guardada há quase um ano! A do Canadá, meu irmão trouxe pra você há quase seis meses e a letra do hino está gravada nela pra você decorar e cantar, enquanto ele toca ao piano. hohohoho!!!
E a do Fantasma da Ópera, bem... é A caneca. Não é lindo, quando a máscara vai surgindo? Eu AMO a caneca. Amo tanto que mandei buscar uma igualzinha pra mim. Agora somos dois, com a caneca preta!
;o)

Suzi disse...

Ô, Mariah, então por que vc não estava lá, hein? Hein?? Hein???

rsrsrsrsrs

Suzi disse...

É, Mumumu,
essa parte final eu escrevi num post que publiquei no sofá do amigão um tempo atrás (um dos links, aí, neste post encaminha pra lá), e como é exatamente o que eu penso, achei que tinha tudo a ver falar isso de novo...
;o)

(vc tb teria se divertido móooooito, se estivesse conosco. qualquer hora vamos por lá, combinado? assim que as nuvens passarem, se é que você me entende...)

Suzi disse...

Ficam sim, Guiga. E a melhor coisa que devemos tratar d efazer é colecionar bons momentos. Acho que é a recordação deles que nos segura, quando a barra pesa.

;o)

Suzi disse...

Olá, Ney,
seja bem-vindo por aqui!
Como deve ter percebido, a casa vive de portas abertas, janelas escancaradas e cadeiras pela varanda e na calçada. Quem vem de coração aberto, entra e é sempre bem-vindo.
Muito grata pelas palavras carinhosas e sinta-se à vontade para as citações.
Grande abraço e logo, logo, vou por lá, retribuir sua visita e ler seu email.

Suzi disse...

Pois é, Gazeta, até agora continuo me perguntando: "Ele é o famoso quem??"
LOL

Natália disse...

Ai, gentem, que máximo esse relato. Você foi mesmo pro casamento do "amiguinho" - o filho do Amigão? Que legal, Suzi. Além de conhecer o Amigão pessoalmente, você ainda foi na maior festona, sentou no sofá de verdade e conheceu a coleção de canecas.
Maravilha, hein?

Beijooo, querida

Suzi disse...

Nem te conto a festa que foi, Natalinha! Ops! Já contei! rsrsrsrs
Lá estava eu no casamento do "amiguinho" - o filho do Amigão!
Agora, o Amigão, esse eu já conhecia pessoalmente há uns trocentos anos (não exatamente trocentos, porque, afinal, eu "ainda sou uma garotinha", mas essa criatura estudou com meu irmão e desde lá é praticamente um filho pra minha mãe, muito embora ele canse de vir ao Rio e não aparecer pra dar um abraço nela, sabe? (hihihihihi)

Lilica disse...

Apesar do pesares, São Paulo até sabe ser uma cidade acolhedora, né não? Principalmente com as companhias certas! Beijos

Angela disse...

Lendo seu post lembrei das minhas amigas...

Suzi como vc está?Espero em Deus que você esteja bem...

Amei o final do seu post, me emocionei...

Bjim!!!!