Era segunda-feira, dia 27 de agosto, quando escrevi isto:
Os limites da liberdade
E amanheceu.
E anoiteceu.
E dormi.
Acordei.
E a paz que se abriga no meu coração invade o meu corpo. Sensação de liberdade, estranhamente contrastante com as amarras que me prendem ao dia a dia envolto em muito trabalho e pouco lazer. Uma liberdade intensa e extensa, posto que apenas interior. Mas, sem limites, como é próprio da liberdade, tenta avançar e me fazer plena. Periga levar-me ao surto de soltar-me de tudo; impulso de sair por aí. A paz da liberdade contida que leva ao gozo da ousadia. Ousar… Audácia. Coragem de viver o dia como se não houvesse amanhã. Porque talvez o amanhã até exista, para os outros. Quem nos garante que haverá, para nós mesmos? Quem nos garante que estaremos vivos no futuro? A hora é esta. Cada um que acredite. Ou que morra, na sua hora, sem ter vivido.
27 de agosto. Uma vontade de libertar a liberdade que corre aqui dentro. De me soltar das amarras. De botar o pé na estrada. Viver. Medo de, na beira da morte, lamentar ter trabalhado tanto.
O calendário agora marca sexta-feira, 31 de agosto. Talvez seja o mês... É. Talvez seja. Que me desculpem os aniversariantes de agosto, mas eu sou daquelas que falam "agosto, mês do desgosto".
Foi num agosto que minha vó Biu morreu. Em agosto perdi meu primo num acidente de carro, atropelado. Em agosto sinto desgosto. Um mês que geralmente é cinza. Quase não tem sol, quase não tem chuva. Nada é intenso, em agosto, a não ser as dores. Agosto é o "quase". Julho é inverno. Frio. Dezembro é verão. Sol. Agosto não é nada. Nem é sol nem é chuva. Os dias são nublados, em agosto. Quando há sol, não dura. Quando chove, a chuva é estranha. Sei lá... Implicância minha, talvez. Mas talvez seja o mês.
Mas amanhã é setembro. Bendito setembro, de cor e calor, de azul, amarelo, vermelho, lilás! Setembro das flores. De amores. A primavera se achega. Meu jardim se enche de flores a colorir minha casa. Na varanda já bate um sol mais quentinho. O vento que venta não corta. É brisa.
Eu queria iniciar setembro no meio de uma viagem. Fiz planos, me organizei. Sonhei. De repente, o vidro do carro quebra, de repente chegam processos e mais processos para julgamento exigindo que eu trabalhe mais um final de semana, de repente gasto mais de 80 reais em remédios, de repente alguém se aborrece comigo porque eu me atrasei, quando eu estava numa consulta médica com alguém que precisava da minha companhia, de repente não consigo decidir entre os vários modelos de um presente que eu quero dar (e eu acreditava que em São Paulo eu acharia - Sampa, o destino da viagem que não aconteceu... Clarice... família...), de repente, no meio do dia, eu chorando.
Vai embora, agosto. Leva contigo o desgosto!
Eu te recebo, setembro, de coração aberto. E só te peço o favor de me fazeres um pouco feliz.
Os limites da liberdade
E amanheceu.
E anoiteceu.
E dormi.
Acordei.
E a paz que se abriga no meu coração invade o meu corpo. Sensação de liberdade, estranhamente contrastante com as amarras que me prendem ao dia a dia envolto em muito trabalho e pouco lazer. Uma liberdade intensa e extensa, posto que apenas interior. Mas, sem limites, como é próprio da liberdade, tenta avançar e me fazer plena. Periga levar-me ao surto de soltar-me de tudo; impulso de sair por aí. A paz da liberdade contida que leva ao gozo da ousadia. Ousar… Audácia. Coragem de viver o dia como se não houvesse amanhã. Porque talvez o amanhã até exista, para os outros. Quem nos garante que haverá, para nós mesmos? Quem nos garante que estaremos vivos no futuro? A hora é esta. Cada um que acredite. Ou que morra, na sua hora, sem ter vivido.
27 de agosto. Uma vontade de libertar a liberdade que corre aqui dentro. De me soltar das amarras. De botar o pé na estrada. Viver. Medo de, na beira da morte, lamentar ter trabalhado tanto.
O calendário agora marca sexta-feira, 31 de agosto. Talvez seja o mês... É. Talvez seja. Que me desculpem os aniversariantes de agosto, mas eu sou daquelas que falam "agosto, mês do desgosto".
Foi num agosto que minha vó Biu morreu. Em agosto perdi meu primo num acidente de carro, atropelado. Em agosto sinto desgosto. Um mês que geralmente é cinza. Quase não tem sol, quase não tem chuva. Nada é intenso, em agosto, a não ser as dores. Agosto é o "quase". Julho é inverno. Frio. Dezembro é verão. Sol. Agosto não é nada. Nem é sol nem é chuva. Os dias são nublados, em agosto. Quando há sol, não dura. Quando chove, a chuva é estranha. Sei lá... Implicância minha, talvez. Mas talvez seja o mês.
Mas amanhã é setembro. Bendito setembro, de cor e calor, de azul, amarelo, vermelho, lilás! Setembro das flores. De amores. A primavera se achega. Meu jardim se enche de flores a colorir minha casa. Na varanda já bate um sol mais quentinho. O vento que venta não corta. É brisa.
Eu queria iniciar setembro no meio de uma viagem. Fiz planos, me organizei. Sonhei. De repente, o vidro do carro quebra, de repente chegam processos e mais processos para julgamento exigindo que eu trabalhe mais um final de semana, de repente gasto mais de 80 reais em remédios, de repente alguém se aborrece comigo porque eu me atrasei, quando eu estava numa consulta médica com alguém que precisava da minha companhia, de repente não consigo decidir entre os vários modelos de um presente que eu quero dar (e eu acreditava que em São Paulo eu acharia - Sampa, o destino da viagem que não aconteceu... Clarice... família...), de repente, no meio do dia, eu chorando.
Vai embora, agosto. Leva contigo o desgosto!
Eu te recebo, setembro, de coração aberto. E só te peço o favor de me fazeres um pouco feliz.
19 comentários:
Que lindo pensamento feito em palavras, desabafo contra agosto, que cresci ouvindo ser mês do desgosto[como bem você colocou] ele está indo,bunita,trazendo setembro sorrindo perfumado de flores,amém!
lindo dia,
beijos
Que bom que foi lá no Giramundo, viu?
E setembro já está chegando.
Com ele, a primavera.
Um beijo grandão.
Tenho dois ótimos amigos que fazem aniversário em agosto, mas sinto-me como vc, não gosto desse mês, sempre me ataca a psoríase... então... "quando entrar setembro e a boa nova andar nos campos..."
Beijos!!
Há dias em que dá vontade de gritar!!! Mas, calma, logo passa!
Bom fim-de-semana!
Beijos*.*
o meu Deuzo.. eu nao tenho maiores problemas com agosto.. mas pelo visto vc sim.. nao é meu mes preferido.. mas nao chego a tanto..
vai embora agosto.. leva todo desgosto e tristeza da Suzita bonekita embora..
Que venha setembro primaveril.. com sol e alegrias!!!
beijos boneca!
É só para lembrar, que cá deste lado do Atlântico é Verão! Aí vai um pouco de sol .....
:)
rsrsrsrs
odeio agosto com todas as minhas forças..
ok. contando as horas pra setembro. agora: sete horas e um tiquinho!!!! amanhã é setembro!!! beijo!!!!
É, Marcinha. Desabafo. De lavar a alma. Lavar e enxaguar.
"Pronto, falei!" - como diria uma queridinha que faz aniversário justo em agosto...
Dica da Nessita, fui lá conferir Lidiane!
Enfim, setembro vem aí!!
Beijo, seja bem-vinda por aqui, e acredite: não é sempre que o mau humor toma conta da casa não, tá?
;o)
J@de, querida, vai entrar setembro e a boa nova vai andar nos campos...
"...A lição sabemos de cor só nos resta viver"!!!!
Uia! Que coisa mais linda, isso!!!
Falta pouco, Guiga. falta pouco!!! Vem, setembro, vem!!!!
:o))
Ô, Momô, valeu por me ajudar a botar agosto pra correr!
;o)
Custódia, definitivamente, o agosto daí não tem o gosto do agosto daqui...
Tá rindo, né, Sandra? Porque o teu agosto também tá bem gostosinho, aí...
;o)
Bj!
ahahahahaha!!!
mumumu é das minhas!!!!
:o)))
xô! agosto!!! xô!!!!!
É, Bibinha!!!
setembro! setembro!! setembro!!!
TÁ CHEGANDOOOOOOOO!!!!!!!!!!!!!!
Agosto é o mes dos vascaínos, setembro dos flamenguistas. Setembro parece você... Mês "colorido", bonito, alegre, perfumado...risos... Mas você também é janeiro... Sol, praia, calor... Sei lá, você parece o ano inteiro, talvez porque lembre de você o ano inteiro... Agora, detesto agosto...risos... Bom Setembro, então!!!
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