sexta-feira, 24 de março de 2006

Sete dias

 

Foram sete longos dias de dor e lágrimas - dor pungente, rios de lágrimas. Todos os dias.
Fechou-se um ciclo, agora. A tristeza profunda, e o sentimento enorme de pesar, aos poucos vão dando lugar à resignação, que é um estado de sujeição paciente às amarguras da vida. Agora entendo por que nessas horas as pessoas buscam conforto nas coisas/lugares/pessoas mais improváveis.

É como um desassossego que não se pode controlar. É quase um deixar de viver, mesmo estando vivo. E a aflição, por não conseguir compreender os mistérios da vida e da morte, nos leva a um universo paralelo, onde praticamente só habitam as idéias, as dúvidas, a esperança, as certezas e as incertezas, todas em harmonia, mesmo em conflito.

É assim que vou lidando com o luto.

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