As fábulas são pequenas histórias, narrativas breves, de feição popular, um misto de alegoria, lenda, verso ou prosa, com traços da mitologia, às vezes, em outras trazendo animais como personagens, enfim, uma narração imaginária, uma ficção; tudo para ilustrar um princípio, um preceito, um ensinamento. E foi assim que um dia eu ouvi "a fábula da convivência":
Há muitos e muitos anos, durante uma era glacial, quando parte de nosso planeta esteve coberto por grandes camadas de gelo, muitos animais não resistiram ao frio intenso e morreram, indefesos, por não se adaptarem às condições.
Foi, então, que uma grande quantidade de porcos-espinhos, numa tentativa de se proteger e sobreviver, começou a se unir, juntar-se mais e mais.
Assim, cada um podia sentir o calor do corpo do outro. E todos juntos, bem unidos, agasalhavam-se uns aos outros, aqueciam-se mutuamente, enfrentando por mais tempo aquele frio rigoroso.
Porém, vida ingrata, os espinhos de cada um começaram a ferir os companheiros mais próximos, justamente aqueles que lhes forneciam mais calor, aquele calor vital, questão de vida ou morte. E afastaram-se, feridos, magoados, sofridos. Dispersaram-se, por não suportarem mais tempo os espinhos dos seus semelhantes. Doíam muito...
Há muitos e muitos anos, durante uma era glacial, quando parte de nosso planeta esteve coberto por grandes camadas de gelo, muitos animais não resistiram ao frio intenso e morreram, indefesos, por não se adaptarem às condições.
Foi, então, que uma grande quantidade de porcos-espinhos, numa tentativa de se proteger e sobreviver, começou a se unir, juntar-se mais e mais.
Assim, cada um podia sentir o calor do corpo do outro. E todos juntos, bem unidos, agasalhavam-se uns aos outros, aqueciam-se mutuamente, enfrentando por mais tempo aquele frio rigoroso.
Porém, vida ingrata, os espinhos de cada um começaram a ferir os companheiros mais próximos, justamente aqueles que lhes forneciam mais calor, aquele calor vital, questão de vida ou morte. E afastaram-se, feridos, magoados, sofridos. Dispersaram-se, por não suportarem mais tempo os espinhos dos seus semelhantes. Doíam muito...
E aconteceu que essa não foi a melhor solução... Afastados, separados, logo começaram a morrer de frio, congelados.
Os que não morreram, voltaram a se aproximar pouco a pouco, com jeito, com cuidado, de tal forma que, mesmo unidos, cada qual conservava uma certa distância do outro, mínima, mas o suficiente para conviver sem magoar, sem causar danos e dores nos outros.
Assim, suportaram-se, resistindo à longa era glacial.
Assim, suportaram-se, resistindo à longa era glacial.
Sobreviveram.
É fácil trocar palavras; difícil é interpretar o silêncio!
É fácil caminhar lado a lado; difícil é saber como se encontrar!
É fácil beijar o rosto; difícil é chegar ao coração!
É fácil apertar as mãos; difícil é reter o calor!
É fácil sentir o amor; difícil é conter sua torrente!
É fácil conviver com pessoas; difícil é formar uma equipe!
5 comentários:
E a gente passa muuuuuito tempo da vida nesse afasta-aproxima-afasta pra achar o tal ponto de equilíbrio e sobreviver aos invernos - para poder aproveitar juntos os verões!
Saudadocê primuska! Beijosssss
Olá querida,
Sempre foi fácil planear e idealizar, o difícil é colocar em pratica e manter, sabes, acho que em termos de convivência e relacionamentos humanos sempre fomos um pouco trapalhões, lidamos teoricamente….
Fica bem amiga
Beijos perfumados
As relaçoes humanas são fraudulentas, sempre queremos do outro o inantigivel e o outro o mesmo da gente.
Dai chegamos a conclusão que é bom ficarmos juntos porém separados.
Ñão tão próximos o suficiente para nos machucar.
E a vida segue,
A vida é assim mesmo.
Ser gente é ser contradição né Suzi. Às vezes a gente acerta, às vezes quando não se espera, e muitas vezes erramos no comum, naquilo que poderíamos acertar.
Con-vivência. Há uma série de dicas, segredos, ajudas... tudo muito bom. Mas na prática, até pelos nossos impulsos as dicas passam batidas.
Mas a vida é boa. E as pessoas, a maioria, são boas. Erram porque são pessoas e a gente aprende a sobreviver assim.
Eu adoro fábulas por isso. Elas ensinam coisas complexas e preciosas de forma tão simplificada.
Essa fábula da convivência é bem verdade. Viver em socidade não é fácil. É necessário sabedoria para bem calcular essa distância propícia para a boa convivência sem mágoas, nem ferimentos.
Beijos, Suzi
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