terça-feira, 30 de outubro de 2007

Histórias de amor - LV

Era como se tudo fosse o começo outra vez.
Ela, de longe, o avistava, e cadenciava os passos, cabelos soltos, ao vento, arrumava a saia com o charme de quem finge não perceber ser notada.
Ele, do outro lado, reparando nela, respirou fundo e caminhou na mesma direção sem perdê-la de vista.
Sinais de trânsito, faixas de pedestre... carros em velocidade, vendedores ambulantes.
Tudo retarda o encontro, como se fossem anos a distanciá-los de novo, como se fosse, a distância, capaz de tornar tardio tudo o que é urgente como o amor.
Entre automóveis, gotas de chuva, gentes, avenidas,
ele, o cravo, ela, a rosa,
ele, já não tão ferido,
ela, já não tão despedaçada,
visitam-se ali, debaixo de uma sacada.
E os corpos sorriem no abraço,
os lábios entregam-se, desmaiados.
Inocentes, deram-se as mãos,
e acreditando no amor puseram-se a chorar.
Era como se fosse o começo.
E era o reencontro.

7 comentários:

Amigao disse...

Este texto fica lindo,ouvindo ao fundo "Ao som dos bandolins" do Oswaldo Montenegro.
Né não?

Sandra Vicente disse...

hummmm

Mônica disse...

ai...ui...

Anônimo disse...

hummm, hummm, mesmo!!

Luís F. disse...

A D O R E I !

Anônimo disse...

Que lindo Suzi! :)
Consegui visualizar a cena...
Beijos *.*

Amigao disse...

tá um silencio aqui, né suzi?